Stella é uma garota nascida em um laboratório de pesquisa. Sua mãe morreu logo após o seu nascimento.
Cientistas trabalham a anos numa mesma causa, e agora, querem saber se ela tem a mesma "doença" que tinha a sua mãe, e assim que é comprovado o me...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Mais uma vez, o dia começava como todos os outros naquele lugar: com dor. A garota, deitada em uma maca fria e metálica, sentia a pele ser perfurada por agulhas longas e espessas. Algumas vezes nos braços. Outras, onde nem conseguia ver. Já havia perdido a conta de quantas vezes isso acontecera. Os cortes pequenos e precisos também faziam parte da rotina, como se ela fosse apenas um objeto de estudo, um experimento.
Ela não perguntava mais o motivo. Não adiantava.
Os cientistas nunca respondiam. Conversavam entre si com termos técnicos, frios, impessoais. Ela havia aprendido a escutar. A prestar atenção. Mesmo que não entendesse quase nada. Palavras como “sequência”, “mutação”, “letalidade”, “anormalidade”. Nada daquilo tinha significado real para ela, só sabia que era diferente.
Diferente o suficiente para ser tratada como uma coisa.
"Mas afinal… o que eu sou?"
Era a pergunta que a acompanhava desde que tinha consciência. Não tinha espelhos no laboratório. Não sabia se seu rosto era bonito ou feio. Sabia apenas que era temida. Observada. E cada vez mais isolada.
— Por que... por que vocês fazem isso comigo? — sussurrou com a voz fraca, encarando uma mulher de jaleco branco, que preparava mais uma seringa.
A mulher ergueu os olhos, o rosto sem empatia. Um sorriso cruel curvou seus lábios.
— Você não sabe? — respondeu com desdém, como se falasse com algo repulsivo. — Você matou a sua mãe. Assim que nasceu. Ela não suportou o parto... não com algo a destruindo por dentro.
A garota arregalou os olhos, as lágrimas vindo sem controle.
— Eu... eu fiz isso?
O coração apertava em dor. Nunca conheceu sua mãe, mas sempre sentiu um vazio dentro de si. Um espaço onde o amor deveria estar. E, de alguma forma, tinha certeza de que, se sua mãe estivesse viva, a teria protegido.
— Você é um monstro — continuou a mulher, com frieza. — Queremos saber o que você é. Se cooperasse, talvez já soubéssemos. Mas sua mãe não disse nada, nem nos últimos minutos de vida.
— Mas eu não sei... eu juro que não sei...
Antes que pudesse completar o pensamento, outra mulher gritou empolgada do outro lado da sala.
— Venham ver isso que eu descobri!
Todos correram em direção à tela brilhante onde ela analisava uma amostra.
— Descobrimos qual é a “doença” dela. Precisamos eliminá-la o quanto antes, antes que machuque alguém. Ou... descubra o que é capaz de fazer. Veja como essa amostra se evolui, é como um veneno.
— Não vamos tentar curá-la? — perguntou um dos cientistas, sem real esperança na voz.
— Isso levaria anos. Décadas, talvez séculos. Estamos com ela desde que nasceu. Se ela sequer imaginasse a força que tem, estaríamos perdidos. Vamos encerrar os testes. Depois achamos outra, uma mais nova para começar do zero. Se é que uma cura é possível...
"M-me matar...? Mas... eu não quero morrer..."
O peito da garota subia e descia com rapidez, sufocada pelo pânico. Seu corpo tremia.
— Você devia agradecer — disse a mulher, voltando para perto dela. — Foram 16 anos tentando descobrir algo. Ficamos até seus 3 anos a observamos, para só então começarmos os testes. Agulhas, cortes, remédios, dor... Agora poderá ter paz. Agradeça.
Paz. Eles chamavam aquilo de paz?
Ela nunca teve escolha. Nunca fora livre. Nunca soube o que era um abraço, um carinho, ou sequer um nome que fosse dito com gentileza. E agora, queriam tirar a única coisa que ainda possuía... sua vida.
"Se para ter essa paz, eu tiver que morrer, então... que eu nunca a tenha."
Foi nesse instante que o caos explodiu. Literalmente.
Um estrondo tomou conta do laboratório, como se o mundo estivesse rachando. O teto tremeu, os alarmes dispararam, a fumaça invadiu o ambiente com força. Pessoas gritavam. Corriam. Instrumentos caiam ao chão com barulho metálico.
Tudo virou confusão.
Atordoada, a garota sentiu os ouvidos zumbirem. Seu corpo parecia pesado demais para se mover. Os olhos turvos mal distinguiam formas. Mas sentiu, sim, sentiu, uma silhuera correndo até ela. Seguido de movimentos rápidos, urgentes.
Alguém desfazia as amarras em seus pulsos. Alguém a carregava no colo, com força, mas também com cuidado.
Através da fumaça, entre o torpor e o terror, ela ouviu uma voz firme, grave e reconfortante sussurrar perto de seu ouvido:
— Está tudo bem agora.
Foi a última coisa que escutou antes de tudo se apagar.
Mas aquela frase, aquela promessa, ecoaria em sua mente por muito tempo.
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
_________________________________________
Então gente, assim começa a história de Stella e Oliver, espero de verdade que gostem e sintam-se à vontade para comentar o que acharem, não esqueçam da estrelinha pra eu saber se estão gostando. Bjos✨