41 "Acorrentado"

429 21 0
                                    

Aos poucos vou despertando, e com isso, já sentia uma forte dor de cabeça que me fez exitar um pouco em abrir os olhos

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Aos poucos vou despertando, e com isso, já sentia uma forte dor de cabeça que me fez exitar um pouco em abrir os olhos. Tento me levantar com cuidado, mas sou impedido, por algo que estava preso nos meus pulsos.

— Oliver... Você está bem? — Ouço distante a voz de Stella, e tomando coragem eu abro os olhos, sentindo uma pontada assim que o faço.

— Stella, o que está acontecendo? O que você fez comigo? — Falo agora observando as correntes que me prendiam. Ela havia usado minhas próprias armas contra mim. — Por que me prendeu?

— Precisa se acalmar, você não está bem.

— Por que você me prendeu! — Grito entre dentes, tentando alcançá-la, mas a droga das correntes não permitiram. Mas em resultado, Stella agora me olhava com medo, da minha reação imediata. — Tudo bem... Está tudo bem, eu não estou bravo com você. Pode me soltar agora?

— Eu sinto muito... Não posso fazer isso.

— E por quê não? — Respirava fundo, tentando manter a calma, por mais que pudesse sentir o meu sangue ferver, e a minha paciência ir embora.

— Ainda pergunta? Olha como você está agindo...? Sem contar nas mentiras...

— Eu jamais mentiria pra você, Stella, deve estar confusa.

— Não... Você tem tomado sangue humano... E mente pra mim.

— De onde tirou isso? Eu não bebi droga nenhuma! Agora me tire daqui e esqueceremos isso.

— Eu preciso saber o que fez durante esse tempo que eu estive fora.

Só podia ser brincadeira.

— Não tenho nada para falar pra você! Você não faz ideia dos sacrifícios que tive que fazer, não faz ideia!

— Que tipo de sacrifício...?

— Eu matei pessoas, matei vampiros, por você!

— Não... Como você diz uma coisa dessas? Eu não tive culpa... — Agora ela andava de um lado para o outro, enquanto suas lágrimas caiam livremente.

— Mas eu fiz. — Dou de ombros. — E quer saber? Eu não me arrependo de nada, faria tudo de novo... Tudo!

— Eu vou te ajudar Oliver... Eu prometo que vou... — Stella diz entre o choro.

— Quer me ajudar? Traga o corpo desse idiota até mim. — Aponto para o corpo do meu amigo sentado na cadeira.

— O que irá fazer com ele...?

— O que acha que vou fazer?

— Não... Por Deus, Oliver! O que você se tornou...?

O que ela tinha na cabeça? Ele já estava morto, inclusive, já drenamos um corpo juntos. Seria um desperdício não aproveitar o que ele nos deixou.

— Cai na real, você não sabe cuidar nem de si própria. Como vai cuidar de um corpo, e de todo o resto?

— Eu vou dar um jeito... — Dito isso ela sai, voltando minutos depois com um lençol.

Apenas observei todos os movimentos que ela fazia. Desde colocar com dificuldade o corpo daquele homem sobre o lençol, e arrastá-lo para fora do quarto novamente. Se passaram horas e horas, eu não a vi mais, presumindo que ela devesse estar cavando uma cova para enterrá-lo, ou simplesmente não aguentou a tentação e o drenou antes. Eu não sabia o que esperar, só queria achar uma forma de sair daqui o quanto antes.

Ela não entende ainda o tamanho do seu poder, e eu não ficaria preso aqui esperando que ela descobrisse isso. Há algo grande para nós, mas ela não enxerga, podemos conseguir o que quisermos, mas ela se recusa a abrir seus olhos, enxergar o que o mundo tem a nos oferecer. Mas eu mostraria isso, eu a faria entender, só precisava sair dessas correntes para isso.

Projeto LeechOnde histórias criam vida. Descubra agora