24 "Sozinha"

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Depois de muito pensar, finalmente tomei uma decisão, e após sair da enorme casa de Oliver, já não podia mais voltar atrás

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Depois de muito pensar, finalmente tomei uma decisão, e após sair da enorme casa de Oliver, já não podia mais voltar atrás. Ele mora um pouco afastado de outras casas e afins, é literalmente no meio do nada.

Caminho muito até começar a avistar carros e pessoas em volta, e todo aquele movimento me deixava um pouco nervosa e apreensiva. Nunca estive tão próxima de tantas pessoas assim, tantas veias pulsantes, corações batendo.

Respiro fundo na tentativa de me controlar e continuo caminhando sem direção. Depois que tomei sangue humano pela primeira vez, me sinto mais necessitada de mais, não é a mesma coisa com sangue de animal que Oliver me dá. Com sangue humano eu me sinto... Diferente. Mas agora não tenho mais Oliver para me alimentar, então não fazia ideia de como faria.

Já era noite, continuava sem saber para onde ir, meu estômago já começava, a doer de fome, e minhas pernas pediam por descanso. No meio de toda aquela movimentação, não vejo lugar para ficar, então ao avistar a calçada de um restaurante grande, resolvo me sentar para descansar de tanta caminhada.

Abro a mochila que trouxe comigo e nela havia algumas frutas, e sanduíches naturais. Como um dos sanduíches e uma maçã. Algumas pessoas passavam me olhando, uns com olhar de desprezo, outras pareciam ter pena? Mas por quê me olham assim afinal!?

Não demora muito e um homem alto de preto sai do restaurante, e vem em minha direção.

- Licença, você não pode ficar aqui. - Ele diz com um semblante nada bom.

- Eu só... Estou descansando.

- Não ouviu o que eu disse? As pessoas lá de dentro estão reclamando.

- Mas... Tudo bem... - Me levanto e saio dalí não entendendo o que acabou de acontecer.

Com o passar do tempo, me sinto cada vez mais cansada, o arrependimento começa a bater, de ter saído da casa de Oliver. O medo se instala em mim, sinto minha garganta fechando, a vontade de chorar é gigante, mas seguro firme e continuo andando, sem sequer saber o que estou fazendo.

Mais a frente vejo um corredor vazio, e é para lá que eu sigo. Ao chegar perto, percebo que alguém caminha atrás de mim, mas não me preocupo, pois o que mais tem por aqui são pessoas. Continuo andando por aquele beco escuro, e a pessoa vem logo atrás, seguindo os meus passos.

Começo a me preocupar ao perceber que só há nós dois por aqui, então ando mais rápido afim de sair logo daquele lugar, e para a minha surpresa os passos atrás de mim também aumentaram, e ao pensar que logo estaria livre daquele pesadelo, me deparo com uma enorme parede.

O beco não tinha saída.

Paro sem saber o que aconteceria agora, então só espero, sem me mexer, ou me virar para olhar a pessoa, que chega mais próximo de mim.

- Ei, o que você tem aí? - Uma voz grave soa no local.

- O que...?

- Está surda? O que você tem aí nessa mochila.

Me viro para olhar o homem que falava comigo.

- Só... Algumas coisas minhas... Por que?

- Me dá.

- Mas... São minhas... E... Se eu te dar, ficarei sem comida...

- Me dá logo, porra! - Ele grita me assustando e desnorteada eu entrego a mochila para ele.

- Não devia andar por lugares perigosos sozinha, garotas bonitas e vulneráveis igual a você não dura muito tempo nessas ruas.

Ao falar isso ele vai embora, e eu fico alí paralisada.

O que eu faço agora...?

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