28 "Fraca"

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As mulheres que ali estavam, começam a gritar assustadas, Stella chorava compulsivamente, e o seu corpo estava coberto de sangue que jorrou quando arranquei a cabeça do desgraçado

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As mulheres que ali estavam, começam a gritar assustadas, Stella chorava compulsivamente, e o seu corpo estava coberto de sangue que jorrou quando arranquei a cabeça do desgraçado.

— Oliver, você matou um dos nossos, isso não pode ficar assim! — Lúcio berra mais uma vez.

— Você não ouviu o que aquele desgraçado fez? — Grito ainda com raiva.

— É só um pedaço de carne, Oliver! Por que defende tanto essa mestiça?

— O que vai querer Lúcio, do jeito fácil ou do difícil?

— Sinto muito... Peguem ele. — Ele ordena para os outros que estavam ali e já me olhavam raivosos.

Então eles vêm para cima de mim com suas presas de fora. O choro de Stella me dava ainda mais vontade de matar todos que estavam aqui, estava com tanto ódio que emanava em mim.

Sem muito esforço quebro o pescoço de um, e com uma cadeira de madeira que havia no canto, eu a quebro pegando uma das pernas e enfiando no peito de outro.

— Já chega! Vai embora Oliver! E leva essa puta mestiça com você!

Vendo que eles recuaram, me aproximo de Stella que abraçava o próprio corpo encolhida.

— Está tudo bem...? — Olho em seu rosto preocupado.

É claro que não estava nada bem, seu idiota.

— Me tira daqui... — Ela sussurra sem me olhar nos olhos.

Concordo com a cabeça e a levo com cuidado para fora daquele ninho de vampiros, indo direto para o meu carro. Durante todo o trajeto de volta para casa, não é falado uma só palavra, daqui até onde eu moro é longe, então foi um silêncio torturante até lá, só olhava para ela vez ou outra para ver como estava.

Assim que chegamos, dou a volta no carro e pego Stella que já havia adormecido, levando-a para dentro. Subo as escadas cautelosamente, e vou em direção ao quarto dela.

— Oliver... — Sussurra despertando.

— Está tudo bem, agora você está segura. — Falo colocando ela de volta no chão. — Você precisa tomar um banho.

Ela olha seus braços e corpo, vendo o quão suja de sangue está e concorda com a cabeça.

Guio Stella até o banheiro, ela anda devagar por estar sentindo dores e também pela fraqueza. Tiro suas roupas e as jogo no cesto de lixo, ligo o chuveiro em água morna e levo o seu pequeno corpo para debaixo da água. Lavo os seus cabelos com cuidado, e também o seu corpo, fazendo com que ela chore com o contato do sabonete aos cortes.

Ela está tão fraca que nem os cortes dela estão se curando sozinhos.

Depois do banho demorado, enrolo o seu corpo na toalha e a levo de volta ao quarto. Seco seu cabelo, coloco um vestido confortável nela e a deito na cama.

— Melhor você descansar agora, vou para o meu quarto tomar um banho, também estou precisando.

Ela não diz nada, apenas me olha deitada.

Vou para o meu quarto, tomo banho, visto somente uma calça moletom, e ao sair do banheiro me deparo com Stella sentada na minha cama.

— Stella, está sentindo alguma coisa? — Pergunto preocupado.

— Me desculpa... — Diz ela voltando a chorar.

— Ei... Não precisa se desculpar. — Me agacho em sua frente.

— Eu fui uma tola... Deveria ter te escutado... Se não fosse você eu... Eu teria morrido... Assim como no laboratório.

— Eu fui um fodido com você Stella, não se desculpe.

Ela me puxa para abraçá-la, então envolvo o seu corpo em meus braços, sentindo o seu cheiro doce que eu não sabia até agora que sentia tanta falta. Sinto seu coração bater disparado, e sua respiração ofegante sobre a pele do meu pescoço.

— Eu tento te proteger desde o primeiro momento em que te vi Stella... Não posso sequer imaginar algo de ruim acontecendo com você.

Ela chorava e me apertava ainda mais, posso sentir suas lágrimas molharem meu ombro.

— Você é tão delicada... Que as vezes te comparo com uma boneca de porcelana, que pode se quebrar com o menor descuido.

— Eu sou fraca...

— Não... Você não é fraca, pelo contrário... Olha por tudo o que você já passou. Stella... Eu sou a pior pessoa para estar com você, pessoas como eu... Estragam pessoas como você, não quero te dominar com minha escuridão... Você não merece nada disso.

— Em meio a tantas pessoas... Você foi o único que se importou comigo... Oliver você é bom... Você não tinha obrigação nenhuma... Mas mesmo assim cuida de mim.— Ela sussurrava as palavras.

— Como não cuidar... Você não sabe como eu fiquei durante todo esse tempo em que foi embora. — Acaricio suas costas.

— Posso dormir aqui... Só hoje...?

— Claro que pode.

Era tudo que eu mais queria, está ao lado dela.

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