01 "Stella"

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- Onde estou

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- Onde estou...? -Ela fala com a voz fraca, se encolhendo na cama.

- Não se preocupe, está segura agora.

- Quem é você...? - Seus olhos demonstram o medo que está sentindo, não posso nem imaginar as crueldades que fizeram com ela naquele lugar.

- Me chamo Oliver. - Mantenho distância para não assustá-la mais.

- Você quer me matar também...?

- Não... Claro que não. Eu vou te proteger, ninguém te fará mal novamente.

- Me proteger?
- Sim, pode confiar em mim.

Ela está toda assustada, não é para menos também, depois de tudo o que passou. Por anos aqueles doentes de merda vem sequestrando pessoas para fazer testes, e só de saber que eles tiveram o fim que mereciam, me sinto melhor.

- Está com fome? Que pergunta... É claro que está. - Pergunto para a garota, que não tirava os olhos de mim, receosa. - Toma um banho enquanto eu preparo alguma coisa para você.

Ela me olha e não diz nada.

- Vem, eu te levo até o banheiro. - Estendo a mão, que relutante aceita, e a levo até o banheiro do meu quarto.

Atendo umas ligações enquanto a garota está no banho, muitas perguntando se eu sei de algo do paradeiro da garota desaparecida do laboratório.

Ouço um soluço e me viro, vendo ela molhada do banho, ainda nua, e chorando, abraçada ao seu próprio corpo.

- O que houve? - Desligo o celular, indo em sua direção.

- Dói... - Responde chorando.

Analiso o seu corpo vendo cortes em diversas partes dele, alguns cicatrizados, outros agora sangravam.

- Senta aqui, eu vou cuidar disso.

Ela se senta na cama enquanto eu pego um kit primeiros socorros no banheiro.

- Confia em mim? - Me sento ao seu lado.

Ela apenas concorda com a cabeça.

Passo um remédio sobre suas feridas para limpar, faço um curativo em um corte maior e coloco band-aids nos menores.

- Ainda dói? - Pergunto após terminar.

- Um pouco... - Olha para baixo constrangida.

Vou até o meu closet, pegando uma camiseta minha para ela, já que a única roupa dela era a que vestia, uma roupa hospitalar.

- Você pode se deitar aqui, vou pegar algo para você comer.

- Não me deixe sozinha. - Seus olhos se abrem amedrontados.

- Não irei, só vou buscar um lanche, eu volto logo.

Vou até a cozinha e faço dois sanduíches, junto com um copo de leite, voltando para o quarto em seguida.

- Sei que não é muita coisa, mas deve servir para agora. - Coloco a bandeja do lado da cama.

Sem esperar, a garota come tudo rapidamente, deixando por último o copo de leite.

- Qual o seu nome?

- Nome...? - Me olha confusa.

- Sim, a forma como te chamam.

Depois de um tempo pensando, ela responde;

- Sempre que falavam de mim, falavam em projeto leech... Então, esse deve ser o meu nome.

- Esse não é o seu nome, você pode escolher um que goste.

- Eu gosto disso. - Aponta para as migalhas do sanduíche no prato.

- Se chama sanduíche, mas esse é um nome de um alimento, o meu nome é Oliver, quem escolheu foi a minha mãe, mas eu gosto.

- Stella... - Sua expressão é de quem acaba de se lembrar de algo.

- Esse é o nome da sua mãe?

- Não... É o meu nome.

Ela havia se lembrado do seu nome, ela realmente não sabe o tamanho da sua capacidade, mas aos poucos isso mudaria.

- Estou com sono...

- Pode descansar o quanto quiser, vou apagar a luz do quarto para você. - Me levanto.

- Não vai ficar? Não quero ficar sozinha..

- Tudo bem, eu fico. - Apago a luz deixando só uma luminária acesa e me deito na cama, com uma certa distância.

Por mais que naquela noite, eu não tenha conseguido dormir.

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