- Onde estou...? -Ela fala com a voz fraca, se encolhendo na cama.
- Não se preocupe, está segura agora.
- Quem é você...? - Seus olhos demonstram o medo que está sentindo, não posso nem imaginar as crueldades que fizeram com ela naquele lugar.
- Me chamo Oliver. - Mantenho distância para não assustá-la mais.
- Você quer me matar também...?
- Não... Claro que não. Eu vou te proteger, ninguém te fará mal novamente.
- Me proteger?
- Sim, pode confiar em mim.Ela está toda assustada, não é para menos também, depois de tudo o que passou. Por anos aqueles doentes de merda vem sequestrando pessoas para fazer testes, e só de saber que eles tiveram o fim que mereciam, me sinto melhor.
- Está com fome? Que pergunta... É claro que está. - Pergunto para a garota, que não tirava os olhos de mim, receosa. - Toma um banho enquanto eu preparo alguma coisa para você.
Ela me olha e não diz nada.
- Vem, eu te levo até o banheiro. - Estendo a mão, que relutante aceita, e a levo até o banheiro do meu quarto.
Atendo umas ligações enquanto a garota está no banho, muitas perguntando se eu sei de algo do paradeiro da garota desaparecida do laboratório.
Ouço um soluço e me viro, vendo ela molhada do banho, ainda nua, e chorando, abraçada ao seu próprio corpo.
- O que houve? - Desligo o celular, indo em sua direção.
- Dói... - Responde chorando.
Analiso o seu corpo vendo cortes em diversas partes dele, alguns cicatrizados, outros agora sangravam.
- Senta aqui, eu vou cuidar disso.
Ela se senta na cama enquanto eu pego um kit primeiros socorros no banheiro.
- Confia em mim? - Me sento ao seu lado.
Ela apenas concorda com a cabeça.
Passo um remédio sobre suas feridas para limpar, faço um curativo em um corte maior e coloco band-aids nos menores.
- Ainda dói? - Pergunto após terminar.
- Um pouco... - Olha para baixo constrangida.
Vou até o meu closet, pegando uma camiseta minha para ela, já que a única roupa dela era a que vestia, uma roupa hospitalar.
- Você pode se deitar aqui, vou pegar algo para você comer.
- Não me deixe sozinha. - Seus olhos se abrem amedrontados.
- Não irei, só vou buscar um lanche, eu volto logo.
Vou até a cozinha e faço dois sanduíches, junto com um copo de leite, voltando para o quarto em seguida.
- Sei que não é muita coisa, mas deve servir para agora. - Coloco a bandeja do lado da cama.
Sem esperar, a garota come tudo rapidamente, deixando por último o copo de leite.
- Qual o seu nome?
- Nome...? - Me olha confusa.
- Sim, a forma como te chamam.
Depois de um tempo pensando, ela responde;
- Sempre que falavam de mim, falavam em projeto leech... Então, esse deve ser o meu nome.
- Esse não é o seu nome, você pode escolher um que goste.
- Eu gosto disso. - Aponta para as migalhas do sanduíche no prato.
- Se chama sanduíche, mas esse é um nome de um alimento, o meu nome é Oliver, quem escolheu foi a minha mãe, mas eu gosto.
- Stella... - Sua expressão é de quem acaba de se lembrar de algo.
- Esse é o nome da sua mãe?
- Não... É o meu nome.
Ela havia se lembrado do seu nome, ela realmente não sabe o tamanho da sua capacidade, mas aos poucos isso mudaria.
- Estou com sono...
- Pode descansar o quanto quiser, vou apagar a luz do quarto para você. - Me levanto.
- Não vai ficar? Não quero ficar sozinha..
- Tudo bem, eu fico. - Apago a luz deixando só uma luminária acesa e me deito na cama, com uma certa distância.
Por mais que naquela noite, eu não tenha conseguido dormir.
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Projeto Leech
VampireStella é uma garota nascida em um laboratório de pesquisa. Sua mãe morreu logo após o seu nascimento. Cientistas trabalham a anos numa mesma causa, e agora, querem saber se ela tem a mesma "doença" que tinha a sua mãe, e assim que é comprovado o me...