Após enfim chegar na casa de Oliver, entro pelos fundos, notando o silêncio que se instalava no lugar, observando atentamente o ambiente sujo e empoeirado, parecia até que tinha sido abandonada.
Com tamanho silêncio, a cada passo podia sentir um cheiro diferente que vinha dos corredores. Não me contive em ir até o local, parando em frente ao quarto proibido por Oliver. Levantei minhas mãos trêmulas até a maçaneta, e com cuidado eu abri a porta, não acreditando no que vi.
- Por favor... Me ajude por favor... - Clamava a mulher amarrada em uma cadeira.
Seu rosto estava cheio de hematomas, e de seus cortes no seu corpo saiam um líquido preto.
- O que está aconteceu...? - Me aproximo dela, ainda em choque, e rapidamente começo a desamarrá-la.
- Aquele monstro... Ele vai me matar... Me tira daqui, por favor me tira daqui. - A mulher chorava, segurando o meu braço forte, enquanto eu não sabia nem o que falar, muito menos como ajudá-la.
Mas o seu semblante logo muda, dando lugar a um olhar assustado.
- Ele voltou... - É tudo o que ela diz.
Ainda confusa e bastante assustada, saí daquele quarto, indo em direção a sala. O seu olhar era de surpresa quando me viu, e a minha vontade era de correr até ele e abraçá-lo, mas me contive, apenas tentando controlar a vontade incontrolável de chorar.
- Stella... Está mesmo aqui?
- Sim... Sou eu. - Respondo em um sussurro, indo até ele.
- Não... Você não podia voltar... Não pode estar aqui! - Já próximos o bastante, ele falava, com as mãos segurando o meu rosto.
- Oliver, quem é aquela mulher...? E por que ela estava presa?
- Droga... - Me soltando, ele corre até o final do corredor, entrando no quarto em que ela estava. - Merda!
Ouço um baque, seguido de outro, e outro, e logo ele volta enfurecido.
- O que você fez? - Ainda bravo, Oliver segura meus dois braços, me forçando a olhar para ele. - Você soltou ela?
- Ela estava ferida... E pedindo ajuda... Eu não sabia o que fazer.
- Merda! Merda! Você sabe o que você fez? Ela era a porra de uma vampira! E agora, aquela vadia fugiu pela janela!
- Oliver...? O que está acontecendo?
Ele nunca havia falado assim comigo antes, e eu nunca o vi tão fora de si quanto agora.
- Você não pode ficar aqui, vá para dentro e depois... - Antes que ele pudesse terminar, a porta é aberta novamente, e um homem fardado é visto.
- Cara, por que correu daquele jeito? Aconteceu alguma coisa? - O homem dizia enquanto mexia em seu celular, elevando o seu olhar em nossa direção em seguida. - Quem é essa garota?
Eu podia sentir o cheiro do seu sangue mesmo estando distante. Fazia tempo que eu não me sentia assim, convivendo com outros vampiros até me esquecia da sensação que era estar próximo de um humano novamente.
- Oliver... - Sinto minha visão ficar turva e por um momento até as minhas presas saírem, mas consigo me controlar aos poucos, voltando ao normal. Mas isso não era o suficiente, ele havia me visto dessa forma, e isso não tinha explicação para que ajudasse.
- Essa garota... Merda Oliver. - O homem me olhava espantado, ainda parado na porta. - Eu fui a primeira pessoa que foi contra quando eles levantaram suspeita sobre você! Você foi o primeiro e o último a entrar naquele laboratório... Estava na nossa cara esse tempo todo.
- Eu só fiz o que era certo! - Oliver responde entre dentes.
- Esconder a maior prova? Vai se foder.
- Eu sinto muito...
- Oliver? - O chamo, mas ele já havia feito.
Ainda de olhos abertos, o homem a nossa frente cai no chão, com um buraco em sua testa, dado pelo disparo da arma na mão de Oliver.
- O que você fez? - Berro, indo até o corpo sem vida dele, mas parando assim que sinto ainda maior o cheiro do seu sangue, vendo-o se espalhar embaixo da sua cabeça.
- Está tudo bem, vai ficar tudo bem. - Oliver acariciava o meu ombro, enquanto olhava fixamente para o corpo do seu parceiro caído no chão.
O que aconteceu com ele...?
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Projeto Leech
VampireStella é uma garota nascida em um laboratório de pesquisa. Sua mãe morreu logo após o seu nascimento. Cientistas trabalham a anos numa mesma causa, e agora, querem saber se ela tem a mesma "doença" que tinha a sua mãe, e assim que é comprovado o me...