A Saga dos Dragões Perdidos - VOL 2

A Cerimônia da Escuridão

O céu estava coberto por nuvens pesadas, como se o próprio universo estivesse em luto pelo que estava por vir. As sombras dançavam ao redor do palácio, envolvidas por uma aura de mistério e malignidade. No salão principal, um ambiente opulento e gelado, Seraphion esperava com um sorriso frio. O som de passos ecoava nas paredes de pedra enquanto os preparativos para a cerimônia avançavam.

Alion estava deitado em uma plataforma de mármore, imobilizado por correntes encantadas que impediam qualquer tentativa de escape. Seus olhos estavam vendados, e uma sensação de desespero começava a se instaurar, mas também uma faísca de resistência queimava dentro dele. Ele sabia que seus aliados estavam planejando algo, e a esperança de que pudessem salvá-lo mantinha-o firme.

Seraphion observava com um olhar satisfeito enquanto seus servos preparavam o ritual. Em um canto sombrio do salão, Alion's antigo mentor, Magnus, se escondia, com o coração partido e o rosto sombrio. Ele sabia que sua relação com Alion seria testada de maneiras que ele nunca imaginara. A traição de Seraphion, a quem Magnus considerava um amigo, doía profundamente, mas ele não poderia deixar que isso o parasse.

Enquanto Seraphion se preparava para iniciar a cerimônia, o ambiente ao redor parecia ganhar vida própria. As velas se acendiam com uma chama azulada e o chão começava a tremer ligeiramente. Era como se o próprio reino estivesse reagindo ao mal que estava prestes a se manifestar. Os súditos de Seraphion, todos de vestes negras e com rostos impassíveis, formavam um círculo ao redor da plataforma, seus olhos brilhando com uma luz sinistra.

De repente, a porta do salão se abriu com um estrondo, e uma figura conhecida entrou, desafiadora. Era Aria, uma das aliadas mais leais de Alion. Ela tinha uma expressão determinada e um brilho de esperança em seus olhos. Aria não estava sozinha; atrás dela vinha um grupo de rebeldes que incluía Lysander, um guerreiro de coragem inabalável, e Elara, uma feiticeira com poderes poderosos.

“Seraphion!” Aria gritou, sua voz ecoando pelas paredes. “Não permitiríamos que seu plano nefasto se concretize!”

Os súditos de Seraphion se viraram para o grupo de rebeldes com olhares de surpresa e desdém. Seraphion ergueu uma sobrancelha e um sorriso cruel apareceu em seus lábios. “Ah, a pequena heroína e seus companheiros. A chegada deles não altera o curso dos eventos. Preparem-se para a derrota.”

Enquanto o caos se instaurava no salão, Aria e seus aliados enfrentavam os súditos de Seraphion com coragem e determinação. O combate era feroz e as habilidades mágicas de Elara brilhavam em meio à escuridão, criando uma barreira de luz que lutava contra as sombras. Lysander lutava com bravura, desferindo golpes precisos contra os inimigos.

No meio da batalha, Magnus percebeu uma oportunidade. Ele sabia que precisava ajudar Alion, mas não sabia como. Em um momento de clareza, ele usou uma magia antiga para enfraquecer as correntes que prendiam o jovem. Quando as correntes se romperam, Alion caiu no chão, desorientado, mas ainda consciente.

Com um esforço final, Seraphion avançou para completar o ritual. Ele ergueu um cálice cheio de uma substância negra e viscosa, pronto para despejá-lo sobre Alion quando um grito desesperado cortou o ar.

Tire as suas patas sujas do meu amado!” Lysander rugiu, sua voz carregada com uma mistura de fúria e desespero.

O grito de Lysander ressoou com uma força quase palpável, atraindo a atenção de Seraphion por um instante. Seus olhos se estreitaram enquanto ele observava Lysander, que lutava com uma determinação feroz para abrir caminho até o seu amado. O peso das emoções e a urgência da situação pareciam aumentar a intensidade do momento.

Com um movimento rápido e ágil, Lysander avançou para enfrentar Seraphion. Ele cortou com sua espada, desviando de feitiçarias e ataques dos súditos de Seraphion. O brilho da lâmina de Lysander parecia refletir a luz da esperança que ainda queimava no coração dos aliados de Alion.