A Saga dos Dragões Perdidos - VOL 2

"O Jogo das Sombras: Desafios do Amor e da Escuridão"

As paredes da câmara ritualística vibravam com a energia que pulsava de cada feitiço e golpe desferido.

A magia, tanto sombria quanto luminosa, rasgava o ar, deixando o ambiente carregado e instável.

Lysander e Velarion se posicionavam lado a lado, formando uma barreira de luz que desafiava as sombras caóticas de Seraphion. Cada golpe, cada palavra, ressoava em um embate de crenças, de esperança contra desespero.

Lysander, com seu olhar firme, olhou para Alion, que jazia desfalecido no chão, como se a batalha já estivesse decidida por seu destino trágico. Mas Lysander sabia que desistir nunca seria uma opção.

Lysander (murmurando): "Alion, você ainda está conosco. Vamos tirar você daqui."

Seraphion gargalhava, seus olhos brilhando de arrogância. Ele ergueu os braços e o chão de pedra tremeu enquanto ele reunia uma quantidade imensa de poder.

Seraphion: "Vocês são como insetos, incapazes de perceber a grandeza que está diante de seus olhos! Querem impedir o inevitável? Querem lutar contra o destino? Pois eu mostrarei o que sou capaz de fazer para conseguir o que eu quero !

Ele estendeu as mãos, e uma explosão de energia negra emanou de seu corpo, distorcendo a luz ao redor. O ar parecia denso e opressivo, como se a própria sala estivesse sendo consumida pelo poder sombrio de Seraphion. Sombras começaram a se contorcer e ganhar forma, criando criaturas feitas de pura escuridão que avançaram em direção a Lysander e Velarion.

Seraphion ergueu as mãos, e uma onda de energia negra pulsou em uma explosão avassaladora, espalhando-se por cada canto da sala. A própria luz parecia ser engolida pela escuridão que se expandia, deixando o ambiente em um crepúsculo distorcido, como se o tempo e o espaço se curvassem diante de seu poder maligno. O ar tornou-se pesado e sufocante, carregado com uma presença esmagadora que fazia a respiração de Lysander e Velarion acelerar em puro instinto de sobrevivência.

Das sombras enroscadas ao redor de Seraphion, criaturas de pura escuridão começaram a emergir, com corpos sinuosos e olhos incandescentes como brasas de ódio. Seus contornos fluíam e vibravam, misturando-se ao ambiente em um mar de trevas vivas. Como predadores ansiosos, elas avançaram em direção a Lysander e Velarion, seus movimentos tão ágeis e implacáveis quanto uma tempestade.

Lysander apertou o cabo de sua espada, sentindo o peso do aço em suas mãos. Seus olhos, normalmente cheios de determinação, agora reluziam com uma ponta de hesitação diante da escuridão viva que os cercava. Ele lançou um olhar para Velarion, cujo semblante era de uma calma fria, quase desafiadora, mesmo enquanto o ar parecia arrancar o oxigênio de seus pulmões. Seraphion os observava com um sorriso cruel, os olhos mergulhados em uma fome insaciável por destruição.

As criaturas de sombras se moviam como serpentes, deslizando entre os pilares e o chão de pedra antiga, quase indistinguíveis da escuridão ao redor, até que seus olhos carmesim faiscavam, traindo sua posição. Elas avançaram com velocidade implacável, as garras estendidas e os dentes projetados em rostos disformes, prontos para despedaçar qualquer coisa em seu caminho.

Lysander reagiu primeiro, cortando o ar com um arco preciso de sua lâmina, a qual brilhou intensamente em um azul místico ao entrar em contato com uma das criaturas. O monstro gritou, um som gélido e penetrante, antes de se dissolver em sombras. Mas a vitória foi curta. Para cada criatura que caía, outras duas tomavam seu lugar, avançando com fúria redobrada.

"Não podemos vencer desse jeito," murmurou Velarion, lançando um olhar astuto para Lysander. Ele ergueu a mão e, num gesto quase imperceptível, recitou um encantamento antigo que fez o ar vibrar ao seu redor. Uma barreira translúcida se ergueu, empurrando as criaturas para trás por um breve momento, dando-lhes tempo para respirar.