Lie - Cap - 13

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"A rainbow is never formed by chance" — Your Lie in april

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Depois de um dia intenso de treino, finalmente me vi voltando para a cabana. Sentia os músculos tensos, cada passo mais pesado do que o anterior. Roma estava cobrindo seu turno como vigilante e Jinf devia estar por aí, jogando ou fazendo qualquer outra coisa que ele gostasse. A cabana estava silenciosa e vazia quando entrei, um contraste gritante com a agitação do treino.

Suspirei profundamente, ansiosa por um banho quente. Deixei minhas coisas no chão e fui direto para o banheiro. A água quente correndo sobre meu corpo parecia lavar não só a sujeira e o suor, mas também parte do cansaço que me dominava. Fechei os olhos, permitindo-me alguns momentos de paz antes de enfrentar a realidade novamente.

Saí do banho sentindo-me um pouco mais revigorada. Enrolei-me na toalha e fui para a sala. O sofá velho parecia me chamar, convidando-me a deitar por um instante. Sentei-me primeiro, depois deitei e, antes que percebesse, estava cochilando.

Acordei com um sobressalto, sentindo a mão suave de Roma me sacudindo levemente. O sol já estava se pondo, tingindo o céu de laranja e rosa. Ela me olhava com uma mistura de preocupação e urgência.

— Vicna, você está bem? Está quase na hora do jantar.

Piscando os olhos, tentei me situar. O sonho ainda estava fresco na minha mente, uma lembrança vívida e dolorosa. No meu sonho, revivi a morte dos meus pais. Eu vi suas cabeças sendo separadas dos corpos, o sangue escorrendo no chão. O rosto do assassino, porém, continuava um borrão indistinto, uma sombra em minha memória.

Assenti, tentando afastar a lembrança.

— Estou bem, Roma. Só um sonho ruim.

Ela parecia prestes a fazer mais perguntas, mas decidi que não queria falar sobre isso. Levantei-me e caminhei com ela até o salão de jantar. Jinf já estava lá, esperando por nós com um sorriso animado. Ele sempre parecia encontrar uma razão para sorrir, e naquele momento, eu invejei sua capacidade de encontrar alegria em coisas pequenas.

O jantar passou como um borrão para mim. A comida tinha gosto de nada, e minha mente estava a mil. Depois, Jinf e Roma decidiram caminhar juntos, deixando-me sozinha mais uma vez. Voltei para a cabana, esperando encontrar algum alívio na solidão.

Quando cheguei, vi Zawa esperando na porta. Seus olhos vermelhos e inchados, como se tivesse chorado. Instantaneamente, me lembrei de não tê-lo visto durante o jantar, nem ele nem sua noiva, Vanita. Senti um nó se formar no meu estômago.

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