Lie - Cap - 25

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"Enquanto nossa hora não chega, a gente pode se beijar" — Serenata existencialista
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"Enquanto nossa hora não chega, a gente pode se beijar" — Serenata existencialista

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Acordei naquela manhã com um sentimento de gratidão. Tinha Zawa por perto, algo que me trazia uma sensação de segurança e conforto. Enquanto ele dormia, seu rosto tranquilo e sereno, eu o observava em silêncio. Era incrível como, depois de tudo o que passamos, nossa conexão se mantinha tão forte. Pensar que éramos apenas amigos agora parecia um eufemismo. O que tínhamos era profundo, quase palpável.

Tudo estava perfeito até que Guno apareceu, com o rosto contorcido de desespero.

— Vicna, Pixy sumiu! — ele exclamou, a voz carregada de pânico.

Eu não gostava dela, mas sabia que seu desaparecimento poderia significar problemas para todos nós. Scöner já tinha procurado por todo o acampamento da Liga, mas não havia sinal dela. Guno, decidido a encontrá-la, convocou uma missão e insistiu em liderá-la.

— Eu vou encontrá-la, nem que tenha que revirar cada centímetro desse lugar. — disse Guno, a determinação evidente em seus olhos.

Zawa, ainda se sentindo culpado pelo soco que deu em seu irmão, se ofereceu para ir. Meu coração apertou ao vê-lo se voluntariar, mas eu sabia que ele faria isso.

— Eu vou junto, Guno. Isso é parte da minha responsabilidade também. —  Zawa falou com firmeza.

Scöner e Hitto também se juntaram à missão. E assim, fiquei responsável pelo acampamento.

Os dias seguintes foram uma montanha-russa emocional. A responsabilidade de cuidar do acampamento era imensa, e eu sentia uma pressão enorme. Jinf e Roma fizeram o possível para me ajudar, mas minha preocupação constante com Zawa e os outros rapazes tornava tudo mais difícil.

— Vicna, você está indo bem. Eles vão voltar, são fortes. — Roma tentava me confortar, mas eu via a mesma preocupação nos olhos dela.

Até Bell, sempre tão simpática, tentou aliviar meu fardo, mas a angústia não me deixava.

— Qualquer coisa que você precisar, Vicna, estou aqui. — Bell disse, sua voz suave.

Dois dias se passaram sem qualquer notícia deles. A cada hora que passava, a ansiedade aumentava. Tentávamos manter a rotina, mas a falta de informações nos deixava a todos em um estado de alerta constante. Roma, sempre tão otimista, tentou me confortar, dizendo que os rapazes eram fortes e sabiam se cuidar.

— Vicna, eles sabem o que estão fazendo. Vão voltar bem. — Roma disse, tentando soar confiante.

Mas, mesmo com suas palavras, eu não conseguia afastar a preocupação.

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