Lie - Cap - 26

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" Menina veneno
O mundo é pequeno demais pra nós dois" — Menina veneno
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As buscas por Guno e Pixy estavam sendo infrutíferas. Os dias passavam e cada tentativa de encontrá-los resultava em mais frustração e cansaço. No entanto, Jinf, sempre atento e dedicado, encontrou uma pista que poderia mudar o rumo das coisas. Ele descobriu um indício sobre o esconderijo da Liga. Essa notícia trouxe um sopro de esperança e renovou os ânimos de todos no acampamento.

Com a nova pista em mãos, Zawa e eu decidimos convocar os Joker’s para discutir o próximo passo. Marcamos uma reunião para aquela noite, e enquanto aguardava a hora, uma inquietação inexplicável tomou conta de mim. Senti uma estranha antecipação que não conseguia entender.

Quando saí da minha cabana em direção ao local da reunião, o silêncio da noite parecia mais denso do que o habitual. As sombras das árvores se alongavam sob a luz pálida da lua, criando um cenário quase fantasmagórico. Foi então que, sem aviso, ele apareceu.

Twilly.

Era como se tivesse surgido das sombras. Seu sorriso malicioso era inconfundível. Meu coração acelerou, não de excitação, mas de medo. Twilly era perigoso, e eu sabia disso melhor do que ninguém. Ele sempre carregava consigo uma aura de ameaça velada, algo que me deixava inquieta e alerta.

— Vicna. — sua voz era baixa, quase um sussurro, mas cheia de um poder que me deixou tensa. — Precisamos conversar.

Queria gritar, correr, fazer qualquer coisa para me afastar dele, mas algo me impediu. Talvez fosse a curiosidade ou a esperança de que ele pudesse nos fornecer alguma informação útil sobre Guno e Pixy. Afinal, Twilly foi o primeiro a me alertar sobre o quão traiçoeiro Guno realmente era.

— O que você quer? — perguntei, tentando manter minha voz firme.

Ele se aproximou lentamente, seus olhos brilhando com uma satisfação inquietante. Mesmo com o medo correndo em minhas veias, não cedi. Sabia que ceder significaria mostrar fraqueza, e Twilly se alimentava disso.

Quando ele colocou as mãos na minha cintura e aproximou nossos rostos, senti um calafrio percorrer meu corpo. Ele tinha esse poder sobre mim, um poder que eu odiava e temia. Seu olhar alternava entre meus olhos e minha boca, e quando finalmente falou, suas palavras eram um golpe certeiro.

— Eles estão com Pixy e Guno — disse ele, sua voz carregada de uma estranha mistura de diversão e seriedade. — Mas não os devolverão até que consigam o que realmente querem.

— E o que é que eles realmente querem? — Minha voz saiu mais trêmula do que eu gostaria.

Twilly não respondeu com palavras. Em vez disso, inclinou-se e me beijou. Tentei resistir, tentei me afastar, mas ele era mais forte. O gosto amargo da submissão me atingiu com força, e quando ele finalmente se afastou, ofegante, um sorriso vitorioso dançava em seus lábios.

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