Em uma cidade onde segredos são a moeda corrente, uma jovem em perigo é inesperadamente salva por um homem comprometido. Porém, esse compromisso é apenas uma fachada, uma armadilha cuidadosamente construída para esconder suas verdadeiras intenções...
Depois de mais uma missão concluída com sucesso, Zawa e eu nos despedimos e cada um seguiu para sua respectiva cabana. A exaustão pesava nos meus ombros, mas havia um leve sorriso em meus lábios. Eu sabia que o dia seguinte seria especial. Subi a trilha até minha cabana, com o som das folhas sob meus pés e o ar fresco da noite acalmando meu espírito. Ao entrar, fechei a porta, deixando o mundo lá fora e me permitindo um momento de paz.
Despi-me das roupas de missão e vesti algo mais confortável. Deitei-me na cama, mas meus pensamentos estavam longe de me deixar descansar de imediato. Zawa, meu amigo e mentor, agora também meu amor. A conexão entre nós era inegável e, finalmente, admitimos nossos sentimentos um pelo outro. Isso encheu meu coração de alegria.
Acordei cedo no dia seguinte, antes do sol nascer. Sentia-me revigorada e feliz, como se a noite de descanso tivesse me dado uma nova energia. Vesti-me rapidamente e caminhei até a cozinha para preparar o café da manhã para Roma e Jinf. Eles eram meus grandes amigos, meu suporte constante. Era um prazer fazer algo por eles.
Enquanto preparava o café, a sensação de felicidade transbordava em mim. Coloquei a mesa com cuidado, distribuindo pães, frutas e café quente. Roma foi a primeira a chegar, bocejando e esfregando os olhos. Quando me viu, abriu um sorriso.
— Bom dia, Vicna! Você está radiante hoje. O que aconteceu? — perguntou Roma, com um tom brincalhão.
— Ah, nada demais. Só uma boa noite de sono. — respondi, tentando disfarçar minha alegria evidente.
Pouco depois, Jinf apareceu, com seu habitual bom humor matinal. Ele nos cumprimentou e, ao se sentar à mesa, lançou-me um olhar curioso.
— Vicna, tem algo diferente em você hoje. — disse ele, pegando uma fatia de pão. — Está tão feliz! Alguém especial te fez sorrir assim?
Fiquei ligeiramente tímida com a pergunta. Roma riu, percebendo minha reação.
— É verdade! Vicna, você está com um brilho no olhar. Vamos, conte-nos tudo! — ela insistiu.
Soltei uma risada tímida e balancei a cabeça.
— Vocês são terríveis, sabiam?
— Sim, e adoramos isso! — Jinf respondeu, rindo. — Agora, fala logo. Quem é o sortudo?
— É... Zawa. — confessei, baixando um pouco a cabeça, mas com um sorriso que eu não conseguia conter.
