Eco 13 - PERIGO

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CASSIE

– Eu nunca senti tanto medo em toda minha vida, como senti a horas atrás, aqueles caras iam me machucar, eu tive muita sorte, eu estava em pânico. Depois que eles foram embora eu tentava processar o que havia acontecido, estava muito assustada, demorei um pouco pra entender que era hora de sair dali, com muito custo e ainda apavorada, liguei o carro e fui embora ainda bem desnorteada, eu tremia, precisava chegar logo em casa, precisava ver Luke, abraçar ele, contar tudo o que havia acontecido, mas quando chego em casa não o vejo, e aquele medo se intensifica, Peaches está deitadinha, ela ainda está se recuperando, não parece muito bem, olho para ela, sinto meu coração apertar, o nó em minha garganta se desfaz eu tentei ser forte, mas estava apavorada, me aproximo de Peaches e a abraço, começo a chorar.

– Peaches, oh Peaches, eu senti tanto medo, tanto medo... - Sinto ela se aproximando ela começa a me lamber enterra seu rosto em meu ventre, eu a abraço forte sigo ainda chorando.

– Meu Deus, o que foi aquilo? O que esses caras querem com a gente...- Falo comigo mesma, Peaches sente o quão estou frágil, ela não desgruda de mim, fico ainda alguns minutos ali com ela, mas eu preciso saber aonde Luke está. Me recomponho, a memória do que aconteceu a horas atrás não sai da minha cabeça, afinal tentaram me fazer mal, e eu nem sei porque. Luke não deve nada mas a esse tal John, pelo menos é o que ele diz, porque estão perseguindo a gente? É a segunda vez que tentam me machucar, a primeira me deixou numa cama de hospital, eu realmente precisava de respostas, ligo para Luke

...

– Luke? - Eu ainda estou muito assustada.

– Cass, amor, aonde você está? Cass você está em casa? Pelo amor de Deus, amor você está bem? Aonde você estava?

– Luke vem pra casa, por favor, eu preciso de você! - Começo a chorar eu realmente estava muito assustada.

– Cass, o que houve? Por favor! Me diz... - Ele parecia assustado, estava ofegante, tinha mais gente com ele, ouço a voz da minha mãe de fundo.

– Por, por... Por favor, só vem pra casa, eu preciso de você aqui comigo! - Falo entre soluços, Peaches se achega a mim ela afaga seu rosto em minhas pernas, me sento na poltrona ainda com Luke no telefone, eu não estou me sentindo bem.

– Cass, eu estou indo, amor, já estou chegando, fica calma tá... - Encerro a ligação, isso tudo mexeu comigo, não me alimentei minha glicose deveria estar baixíssima, sinto minhas mãos tremerem. Recosto devagar minha cabeça na ponta da poltrona e começo a respirar devagar, tentando controlar o ar.

– Calma Cass... Respira, respira! - Falo comigo mesma, sigo deitada, Peaches parece inquieta, ela sempre fica assim quando percebe que não estou bem, o problema é que ela também não esta totalmente recuperada, não pode se agitar tanto.

– Ei, calma garota, eu, eu vou ficar bem, não se preocupe, fica quietinha, por favor. - Falo ainda com a cabeça recostada na poltrona ela tentar subir na poltrona, começa a latir.

– Não Peaches, fica calma eu estou bem bebe, você não pode se agitar, está se recuperando ainda. - Ela ainda tinha difículdades para respirar.

– Eu sei... Isso é assustador, mas vamos ficar bem, eu prometo, vamos ficar bem. - Me levanto devagar eu ainda estou muito fraca, caminho até a mesa aonde coloquei minha bolsa, minha visão está turva, preciso aumentar minha glicose, eu vou ficar bem.

– Cade, cade o gel? Merda! - Começo a me irritar, não estou conseguindo parar em pé, e ainda por cima não acho o bendito gel de glicose.

– Não é possível, eu sempre deixo na bolsa de reserva, merda! - Ainda bem que a cadeira estava próximo a mim, Caio sentada na cadeira abaixo meu rosto na mesa eu estou sem força sequer para sustentar meus braços e pernas, Peaches segue latindo, ela não pode, não pode ficar agitada, viro o rosto que está encostado na mesa, meus braços estão caídos eu falo bem baixinho, não tenho forças.

Purple Hearts 2 Ecos da Guerra Onde histórias criam vida. Descubra agora