Eco 25- AMBER

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CASSIE

- E tudo por culpa daquele marginal, eu não acredito que eu teria que me afastar de Luke. Minha mãe tentou me convencer, pelo bem da bebê, ela disse que eu precisava me afastar, minha gravidez que antes estava bem controlada e a diabetes nem estava sendo um problema tão grande assim, começou a nos preocupar, afinal eu havia acabado de ter um aborto. Eu estava seguindo as recomendações, tudo na medida que o doutor Lewis pedia, as coisas estavam caminhando muito bem. Mas aquele bandido estragou tudo, agora eu precisava estar atenta a cada sinal, eu ainda tinha uma das bebês, e eu  não poderia perde-la. Após Nora e os demais irem, eu e Luke tivemos uma outra conversa, ele parecia até já saber do que se tratava, ele por educação se despediu de todos, estava tão abatido, assim que a porta se fecha ele caminha em minha direção, minha mãe nos deixa a sós, mas antes ela faz um sinal com a cabeça para mim, ela queria que eu fosse forte o suficiente para tomar essa decisão. Ela se retira.

– Luke, acho que precisamos conversar... É eu, eu, eu estava falando mais cedo com minha mãe e...

– Sim Cass, eu sei, e estou de acordo, é o melhor a se fazer nesse momento, pelo seu bem, e o bem da nossa filha... - Eu estou surpresa, não acredito, minha mãe já se adiantou.

– Luke eu, eu... O que minha mãe disse a você? - Luke estava mal, eu observo o quão seus olhos estão fundos, avermelhados, ele havia chorado tanto, ele odeia parecer fraco, mas comigo ele não precisava fingir.

— Cass, não importa, é o melhor, mas eu acho que o justo é eu ir, essa casa é sua... E aqui tem tudo o que você precisa, você precisa ficar tranquila. Estava pensado, vou falar com meu pai, ele tem uns amigos que são polícias aposentados, e que trabalham com segurança particular, vamos contratar um, você vai ficar bem e segura, eu te dou notícias, acho que vou ficar por enquanto na casa do meu pai, mas eu prometo que estarei aqui pra você, mas acho que esse momento é melhor eu me afastar, pelo seu bem, já sofremos demais, e agora isso... A esperança da vida da nossa bebê e da sua depende de decisões dolorosas para mim e para você, mas é o melhor a se fazer, eu, eu... - Eu de imediato o interrompo, me levanto daquela poltrona caminho até Luke e peço que se cale.

– Luke, para, para! Para de falar so um pouquinho, vem cá... - Eu o trago para perto e nos abraçamos, era desse abraço que eu precisava, em seguida me afasto ele está com os olhos marejados e muito, mais muito emocionado.

– Ei, olha aqui pra mim! Toco com minhas mãos seu rosto. - Ele dirigi o olhar para mim, seu olhar penetra o meu ser, estamos conectados novamente.

– Você se lembra do dia que estava indo, que estava me deixando, quando você teve que ir para cumprir a pena de 6 meses? Juramos um para o outro que estaríamos ali juntos em todos os momentos, lembra? Se lembra no dia que nos casamos, juramos diante das autoridades que estariamos um para o outro, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza, e somente a morte poderia nos separar, você se lembra? Pois bem Luke, eu estou aqui super viva, e você também... Então nada, nada, escuta bem! Nada amor, vai nos separar. Eu não vou te deixar, não vou deixar você ir de novo, eu nunca faria isso...

– Cass... Não. - Eu o interrompo mais uma vez.

– Não Luke, é sério, presta atenção, eu não vou, não vou a lugar nenhum sem você... E nem você irá me deixar acostume- se com isso. Eu juro Luke, juro por Deus, que o dia que eu não estiver mais com você, é porque essa doença me venceu, e eu não tive mais força para seguir nessa vida...

– Não fala isso Cass... - Ele replica em lágrimas, seu choro é quase inaldivel mas as lágrimas são visíveis, e não param de cessar, Luke está tão cansado de se sentir um problema na vida das pessoas, aquilo doeu tanto, vê-lo tão machucado, ele não aguenta, desaba.

Purple Hearts 2 Ecos da Guerra Onde histórias criam vida. Descubra agora