Eco 17 - O BEIJO DA MORTE

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CASSIE

- Por um momento o meu mundo parou, eu sinto as mãos de Nora encostando em meu braço, aquela mulher com um olhar de pena, o som instrumentalizado que tocava na loja soava como em sussurros nos meus ouvidos, até que... Tudo volta a soar tão alto que minha cabeça começa a doer, de repente ouço Nora, ela parece furiosa.

– Então é você a mulher que esta louca pra dar para o marido da minha amiga? Que mais você vai inventar? Que o Luke é pai do seu filho? - Eu não consigo reagir, Karen entorta o rosto, franze a testa, ela se sentiu bem ofendida.

– O que? Você é louca? Me respeite! - Ela parece furiosa.

– É isso mesmo sua vaca, o que você pensa que ganha inventando uma coisa dessas? - Nora não tinha papas na língua.

– Nor, para! - Eu falo calma, mas meu coração está dilacerado eu quero muito chorar, e sair daquele lugar.

– Vaca? O que? Haha... Quem você pensa que é para falar assim comigo? - De repente uma senhora começa a se aproximar, algumas outra mulheres param para observar.

– Nor, para! - Falo mais uma vez, eu não sei nem porque estou reagindo assim, se fosse em outra época eu já teria reagido, eu estou em choque.

– Olha aqui, eu não sou uma mulher baixa que usa esse tipo de linguajar em um ambiente como esse, então eu já vou, o que vem de você não me atinge. - Ela desvia o olhar de Nor, olha pra mim com pena, morde o lábio, Nora respira fundo, pronta para outro insulto, ela fixa seus olhos em mim.

– Cassie, eu sinto muito, de verdade, me perdoe... - Ela acha mesmo que isso ficará assim. Nora de imediato se impulsiona para puxar o braço dela, eu a impeço com a mão, olho para Karen com um olhar cortante antes dela tentar se retirar.

– Ei, espera um minuto, você acha que eu sou tão imbecil assim para ouvir isso e deixar como está? Do que você está falando, o Luke, o MEU LUKE, ele jamais... - De repente a senhora que havia se aproximado de nós se intromete.

– Senhoras por favor, eu gostaria de pedir que se tiverem algo para resolver resolvam lá fora, aqui não é... - A interrompo, sem sequer olhar para ela, encaro até a alma da vadia da Karen, ela engole seco, sua expressão parece bem surpresa, ela realmente achou que eu ia baixar a guarda.

– Cass, é, eu, eu... - Ela parece nervosa e confusa.

– Cass, Cass... Não te dei essa liberdade. Pra você é Cassandra! Agora anda, desembucha, o que você ganha inventando uma história baixa como essa?

– É mole Cass? E ainda diz não ser uma mulherzinha... Tendo pensamentos impuros com o marido de outra mulher, mas é muito vad... - Nor fala desdenhando, não deixo que ela termine a palavra VADIAAAA!

–Nor, pode deixar amiga! - Falo com Nora, em seguida dirijo o olhar para Karen novamente eu preciso de explicações, ela me olha firme, respira fundo.

– Eu realmente tentei ser o mais honesta possível com você, eu sei, foi um erro, uma fraqueza minha, mas isso não muda o fato de que o SEU MARIDO e EU, nos beijamos, aconteceu, e eu estou arrependida, e estou sendo MULHER o suficiente para admitir o meu erro...  Pedir desculpas. Enfim quando Luke chegar você tira as suas próprias conclusões... Me desculpe mas uma vez! Eu, eu acho que já vou! - Eu fiquei sem reação. Nora de imediato intervém.

– Ei, Ei, Ei... Aonde você pensa que vai? - Nora a puxa pelo braço, ela se solta bruscamente, as senhoras ao redor começam a cochichar.

– Ei, me solta! - Karen fuzila Nora com o olhar.

– Não sua piranha! Eu não vou te soltar, você vai contar essa história direito. - Meu coração começou a apertar, não podia ser, Luke não tinha feito isso...

Purple Hearts 2 Ecos da Guerra Onde histórias criam vida. Descubra agora