Capítulo 28: Sequestro

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Narrador | Point of view

O coração de Kara ficou pesado quando viu os olhos da mãe repletos de tristezas e dor. Ela parecia travar uma batalha consigo mesma, lutando contra a vontade de desabar em sua frente ou na frente de Elara.

— Mãe… — Kara chamou com delicadeza, puxando Eliza de sua nuvem de pensamentos conflituosos. — Você pode dormir na minha casa essa noite se quiser.

Eliza olhou para a filha com os olhos vazios de qualquer emoção.

— Eu só quero ficar sozinha, Kara. E você deveria ir atrás da sua namorada, converse com ela. Não faça como eu.

— Como você? — Kara questionou com as sobrancelhas franzidas, enquanto subia e descia os pés no chão, sacudindo levemente Elara em seu colo.

— Eu deixei Lillian passar por aquela porta, sem fazer nada. Nada! — Eliza enxugou uma lágrima solitária.

— Mamãe… você estava chateada e magoada, é normal que tenha ficado em choque — Kara segurou Elara com mais firmeza, sentindo o peso da situação nos ombros. O vento frio da cidade soprava pelas janelas, ecoando a tensão e a tristeza que pairavam no ar. — Mãe... — Kara repetiu com a voz suave, tentando alcançar o coração ferido de Eliza. — Eu sei que você se sente culpada, mas…

— Culpada? — Eliza interrompeu, a dor transparecendo em sua voz. — Isso é pouco para descrever como me sinto. Eu deixei Lillian passar por aquela porta, Kara. Ela implorava, dizendo ser inocente, e eu não fiz nada — Eliza esfregou as mãos no rosto, tentando apagar as memórias dolorosas.

Kara mordeu o lábio, sentindo uma onda de culpa a envolver também. — Mamãe, nós duas estávamos com raiva. Não só de Lillian, mas de toda a situação. Lex fez coisas horríveis, e foi fácil acreditar que Lillian estava envolvida.

Eliza balançou a cabeça, as lágrimas escorrendo livremente agora. — Eu deveria ter ouvido, eu deveria ter lutado por ela. Em vez disso, eu a deixei ser levada, com Alex gritando ordens e todos ao redor julgando-a sem provas concretas. Nós não sabemos se ela realmente sabia sobre Jeremiah — Ela fez uma pausa, os olhos fixos em um ponto distante, perdidos na dor e no arrependimento. — O que ela deve estar pensando de mim agora?

Kara sentiu um aperto no peito ao ver sua mãe assim. — Eu também fui dura com ela, mãe. Com Lena também — A voz de Kara falhou ao mencionar o nome de Lena, e ela sentiu um nó se formar na garganta. — Eu acusei Lillian sem lhe dar a chance de se defender, o medo e a raiva tomaram conta de mim.

Eliza olhou para Kara, os olhos cheios de compreensão e tristeza. — Nós agimos com o coração cheio de mágoa, Kara. Mas precisamos encontrar um caminho para consertar isso.

Kara assentiu, apertando Elara contra o peito. — Lillian deve estar se sentindo traída. E Lena… Lena não deve querer me ver nunca mais. Eu a empurrei para longe quando mais precisava dela.

Mentiras que Contamos - *G!P*Onde histórias criam vida. Descubra agora