Capítulo 21: Uma capa vermelha e roupa azul

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Ser alienígena tem suas vantagens, não posso negar, mas também existem desvantagens, como por exemplo, a minha super-audição.
Ouvir ruídos com facilidade já me levou a situações constrangedoras, porém, nesse momento ouvi apenas algo que me despertou imensa curiosidade. Uma voz semelhante a minha, sussurrando palavras carinhosas.

Imediatamente desliguei o chuveiro, me enrolei em uma toalha e segui até a porta após escutar dois toques na mesma. Ao fazer isso, fui surpreendida por uma garotinha assustada segurando um ursinho nas mãos, usando uma jaqueta rosa e surrada, juntamente com calça jeans suja e rasgada, com os pés descalços e o olhar preso no chão.

— Oi… — falei, olhando pros lados na tentativa de encontrar alguém que pudesse ter deixado a menina sozinha no corredor. — Eu posso ajudar?

Lentamente, a garotinha ergueu o rosto, olhando para mim com as sobrancelhas franzidas e a cabeça inclinada, até que um pequeno sorriso surgir em seus lábios.

— Pensei que você iria embora? — perguntou ela, ainda com um leve franzido nas sobrancelhas.

— Como assim? Quem é você?

— Não está me reconhecendo, mamãe? — agora, ela me olhava com certo medo.

— Mamãe? — perguntei novamente, sem acreditar no que ouvia. — Eu sou Kara Danvers!

— Oh! — exclamou a menina, parecendo ainda mais confusa. — Mamãe não me falou que vocês eram tão… parecidas.

Parecidas?

— Entre, por favor! — completamente perdida em mares de dúvidas, abrir passagem. — Qual o seu nome?

— Elara — disse ela, adentrando meu apartamento com cautela.

— Bom… Elara — fechei a porta. — Eu vou me vestir e já volto. Fique à vontade! — falei, e logo sumi, retornando em alguns segundos.

Elara permanecia parada no meio da sala, assustada e receosa, segurando um pequeno papel.

— Você está com fome? — me abaixei na frente dela, e a menina apenas assentiu.

Fui até a geladeira à procura de algo, mas não havia nada.

Psi estava certa quando disse que a minha geladeira clama por misericórdia.

Sendo assim, fiz um pedido no Ifood.

— Sente-se, Elara. Não tenha medo! — falei da cozinha ao ver a menina no meio da sala.

— Minha mãe me pediu pra te entregar isso! — ela esticou o braço, me mostrando o papel.

Curiosa, segui até ela e peguei o bilhete cuidadosamente, abrindo-o e lendo-o com atenção.

Querida Kara,

Mentiras que Contamos - *G!P*Onde histórias criam vida. Descubra agora