Capítulo 4: Cartinhas

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Acho que Samantha, uma amiga que deixei em metrópoles — a única que tinha até então — estava certa quando disse que eu precisava me permitir conhecer pessoas novas.

E aqui estou, ao lado de Kara, que “discutia” com Psi por algo que a mulher havia me dito, que Kara supôs ser “atrevido demais”. A relação das duas parece sempre estar em “pé de guerra”, cheia de implicâncias e olhares debochados, porém, elas parecem ser muito amigas, apesar de tudo.

Alex por outro lado, puxava Psi para a saída. Todos já estavam indo embora, e uma tremenda bagunça de vozes eufóricas e implicantes percorria o apartamento de Kara. Eu nunca havia presenciado um momento assim, onde pessoas que se amam, discutem sem o peso real do ódio, tudo é levado pro lado da diversão, coisa que eu não conhecia até esse momento, pois na minha família, briga é briga, não existe meio termo e nem palavras carinhosas ou engraçadas. O mais próximo que tive de uma família amorosa, foram os momentos que passei com Samantha, uma amiga que se tornou uma irmã. Corria para ela quando precisava de um abraço, ou simplesmente para chorar muito e depois beber desenfreadamente. Mas, parece que agora ganhei uma nova família, um grupo de pessoas engraçadas e cheias de vida. Sam vai adorar conhecê-los.

Isso mesmo!

Não posso ficar longe da minha “irmã” por muito tempo, por isso pedi a ela, uma ajudinha com a empresa. Nesse momento, ela deve estar a caminho de National City com sua filha, Ruby.

— Meu R… Deus — Kara sussurrou, finalmente fechando a porta — Um dia eu irei enlouquecer com meus amigos — ela se jogou no sofá, enquanto eu a observava da bancada da cozinha. — E Alex não fica atrás. Eu não sei como aguento eles — a loira sorria.

Sei que suas palavras são da boca pra fora, pois seus olhos brilhavam com a alegria de tê-los em sua vida.

— Me desculpe por qualquer coisa que eles tenham dito a você, que por acaso possa ter te incomodado, Lena — ela continuou, caminhando até mim. — E… — uma mecha de seu cabelo caiu por seu rosto, quando Kara abaixou a cabeça por alguns segundos, antes de voltar a olhar em meus olhos. — Eu sinto muito pelo Mon-El, ele não tinha o direito de falar aquilo pra você.

— Não pense mais nisso, Kara. Não é como se fosse a primeira vez que ouço esse tipo de coisa — falei, entregando uma taça de sorvete para ela. Tomei a liberdade de vasculhar sua cozinha e colocar a nossa sobremesa.
— Eu só fiquei um pouco envergonhada por ser a causa de todo aquele alvoroço.

— Ah.. que besteira, Lena. Você não tem culpa de nada — disse a loira, arregalando os olhos de forma adorável quando provou o sorvete.
— Hum… que delicioso!

— Acertei no sabor? — perguntei, arqueando uma sobrancelha.

— Claro! Isso está divino. Eu adoro essa combinação — ela dizia, se deliciando com o contraste do morango com o chocolate.
— Como você sabia? — seus olhos buscaram os meus com certa dúvida.

Mentiras que Contamos - *G!P*Onde histórias criam vida. Descubra agora