Capítulo 25: "Medo"

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Esse capítulo pode conter alguns gatilhos, mas peço que prestem atenção nos detalhes.

|Boa leitura| ❤️

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Narrador | Point of view

Duas semanas se passaram, e no decorrer delas, inseguranças e desconfianças cresceram, trazendo os ânimos à flor da pele, como espinhos brotando dos poros.

Kara estava se esforçando para seguir a rotina, mas seus pensamentos sempre voltavam para Linda.

E Lena… bem, ela estava tentando ocupar a mente com o trabalho e suas obrigações, na tentativa de esquecer os problemas, ou a constante dificuldade em acreditar na bondade de Lillian.

O casal Luthor Danvers estava abalado psicologicamente, mas não eram as únicas, pois Lillian também parecia perdida e sufocada, sentada na poltrona da casa de Eliza. Os olhos perdidos em um canto da sala, denunciavam o quão infinito eram seus pensamentos, e o quanto seus ouvidos pareciam não ouvir a voz de Eliza.

— Amor? — mas um chamado sem resposta.

Lillian parecia imersa em milhares de pensamentos conflituosos, enquanto arranhava as cutículas das próprias unhas.

— Lillian? — Eliza chamou novamente, e dessa vez pareceu atrair a atenção da Luthor.

Os olhos vazios de qualquer sentimento ou sensação, encontraram os de Eliza, como quem pede ajuda ao se afogar em um grande lago, mas sua voz não saí, e tudo que se tem como apoio, são as mãos que se debatem sobre a água, imaginando uma ponte, uma corda ou qualquer outra coisa que possa se agarrar.

Eliza podia dizer que era a única pessoa capaz de ver Lillian tão… vulnerável, pois a mulher sempre parecia exuberante diante dos outros, omitindo completamente suas fraquezas e inseguranças, como se elas fossem um simples pedaço de papel que ela podia guardar em uma gaveta empoeirada. Mas agora, ela está aqui, olhando para Eliza com extrema fragilidade, e ao mesmo tempo, tão indecifrável.

Aos olhos de muitos, Lillian é só uma psicopata sem qualquer objetivo nobre de vida, mas para Eliza, ela é meticulosa, carinhosa, engraçada e amorosa, mesmo que também tenha momentos ruins como todos os seres humanos, como um dia estressante, pouca paciência, debochada e autoritária demais.

Mas, porque se importar com isso quando se conhece cada qualidade dessa pessoa?

— Me desculpe, querida. Eu estava… distraída. O que dizia? — Lillian finalmente respondeu, saindo de seu transe.

— Estava perguntando se você se importaria de ficar sozinha por alguns minutos?

— Você vai sair? — perguntou Lillian, tranquilamente.

Mentiras que Contamos - *G!P*Onde histórias criam vida. Descubra agora