A irmã dele estava tomando o café da manhã com os filhos quando eles chegaram até ela. Mas quando perguntaram sobre o paradeiro do irmão e do marido, ela os fixou com um olhar de aço e respondeu."Ele não está na minha cama, podem ter certeza. Sintam-se à vontade para procurar debaixo dos cobertores se precisarem, mas não encontrarão nada lá."
Como Aemond logo descobriria, seu irmão rebelde estava se entregando a mais uma de suas festas habituais.
Ele encontrou Aegon bêbado e esparramado nu em um grande colchão de penas, uma jovem garota entusiasticamente dando prazer à sua masculinidade excitada com sua boca habilidosa.
Foi uma cena vergonhosa e completamente indigna, um desrespeito descarado por qualquer aparência de decoro que certamente mortificaria sua piedosa mãe se ela testemunhasse.
Aegon estava completamente perdido nas garras do prazer, sua cabeça jogada para trás, seu cabelo prateado desgrenhado contrastando com as tranças escuras da garota enquanto ele amorosamente passava seus dedos por elas, guiando suas ministrações fervorosas. Seus quadris se movimentavam para cima, penetrando nela com abandono lascivo.
Aemond puxou o capuz para baixo, o tecido projetando uma sombra sobre seu rosto enquanto ele desviava os olhos do espetáculo que se desenrolava diante dele.
"Aegon." O cumprimentou, com tom severo.
Ao ouvir seu nome, os olhos de seu irmão se abriram, um olhar fugaz de reconhecimento passou por suas feições coradas e confusas de prazer.
"Ah, irmão!"
Balbuciou, alcançando vacilantemente uma taça próxima. O vermelho dornês escorria por seu queixo, deixando um rastro carmesim.
"O que o traz aqui a este... refúgio sagrado de delícias terrenas?"
O rosto de Aegon se abriu em um sorriso torto e malicioso enquanto ele continuava a acariciar a cabeça da prostituta enquanto se dirigia a ela com um ar de indiferença.
"Você também anseia pela companhia de uma moça disposta? Eu ficaria mais do que feliz em lhe fornecer uma."
"Não, obrigado."
Resmungou, o desgosto curvando seus lábios. A sala estava cheia de um forte cheiro de vinho e suor, misturado ao leve aroma de incenso.
"Temo que trago notícias graves. Você deve retornar ao castelo imediatamente."
Os movimentos rítmicos de Aegon persistiram, seus quadris balançando para frente e para trás, seu aperto na crina da garota ficando cada vez mais forte.
Os sons ao seu redor eram frenéticos e obscenos, marcados pelos ruídos sujos e asquerosos de seu irmão.
O som da pele batendo contra pele era nauseante e o deixava mais irritado.
"Não pode...e...esperar? Eu estou e...no... no m...meio de... algo... ah,... muito... muito importante!"
" Não, isso não pode esperar. Īlva kepa iksis morghe."
Disse furioso. Ainda mais com a falta de preocupação e atenção do outro.
"Nosso pai está morto."
Com essas palavras, os olhos de Aegon se arregalaram, finalmente ficando sério em um instante. A sala caiu em um silêncio tenso, quebrado apenas pelo som de sua respiração difícil.
"Oh."
Com urgência recém-descoberta, ele começou a estocar com vigor renovado, quase frenético, até que finalmente encontrou sua liberação. Ele soltou um grunhido profundo e tremeu quando atingiu seu clímax, esvaziando sua semente na boca da garota. Ela engoliu ansiosamente até a última gota, lambendo os restos.
Aemond franziu os lábios, uma veia visivelmente pulsando em sua testa enquanto ele olhava para seu irmão com desgosto velado. Esse degenerado é realmente nosso futuro rei?
Com pressa, Aegon se levantou rapidamente, quase tropeçando nos próprios pés enquanto tentava desajeitadamente vestir suas roupas, empurrando a garota para longe assim que ela terminou de limpar seu membro gasto.
"Devemos nos apressar, meu Príncipe," Sor Criston entoou, sua voz urgente. "A Rainha aguarda seu retorno."
Aegon os seguiu obedientemente, poupando-os da necessidade de mais persuasão.
Porém, conforme atravessavam as ruas movimentadas, seu olhar ficava cada vez mais inquieto, seus olhos disparando ao redor.
Em um momento repentino e impulsivo, ele se libertou dos dois e saiu correndo, desaparecendo na multidão.
"Ei! Pare!"
Berrou, sua voz profunda cortando a cacofonia enquanto ele imediatamente perseguia seu irmão.
Atravessando o labirinto de corpos, ele finalmente o alcançou perto do septo. Aemond atacou seu irmão, seus corpos colidindo com força, fazendo com que ambos perdessem o equilíbrio e caíssem com força no pavimento.
Enquanto Aegon lutava contra ele, uma risada maníaca, quase histérica, de repente escapou de seus lábios.
"Eu era você, torcendo para que você desaparecesse." disse Aemond, com a voz cheia de desdém.
"Nosso... nosso pai está realmente morto?"
Seu irmão arfou, seu peito arfando e seu rosto vermelho brilhando com uma camada de suor.
"Sim, e eles pretendem fazer de você, Rei."
Com isso, os olhos de Aegon se arregalaram de alarme. Ele se debateu ainda mais freneticamente, saliva voando de seus lábios enquanto ele lutava para se libertar.
Lágrimas escorriam por seu rosto em riachos, seus soluços irregulares e desesperados.
"Não! Deixe-me ir! Não tenho desejo de governar! Não sou adequado!"
"Você não terá argumentos meus."
O outro afirmou categoricamente, arrastando o mais velho pelas pernas sem piedade enquanto ele tentava desesperadamente rastejar para longe, suas unhas arranhando inutilmente a terra dura.
Os músculos de Aemond ondularam enquanto ele levantava sem esforço o esforçado Aegon do chão, mesmo que o frenético movimento de seu irmão fizesse pouco para impedir seu aperto de ferro.
Os olhos arregalados e aterrorizados de Aegon voavam ao redor, procurando em vão por qualquer meio de escapar, mas Aemond não mostrou sinais de ceder enquanto se preparava para arrastar seu irmão tolo para um lugar.
Uma tempestade de desejos conflitantes assolava o coração de Aemond. Seu desejo implacável de reivindicar o Trono de Ferro para si colidiu violentamente contra o amor e a fidelidade inabaláveis que sentia por sua mãe.
Ele sabia que trair a confiança absoluta que ela depositara nele o deixaria sobrecarregado com uma imensa culpa que o assombraria pelo resto de seus dias.
No entanto, uma voz sinistra e insidiosa, que soava assustadoramente parecida com a sua, sussurrava tentações em seu ouvido.
Não é seu destino legítimo levar a Casa Targaryen aos maiores ápices de glória e poder que ela já conheceu?
Ou está contente em deixar esse nobre legado murchar, tudo porque lhe faltou coragem para tomar o trono que supostamente é seu direito de nascença?
A voz tornou-se mais persistente, suas palavras doces envolvendo sua mente.
Esta é sua chance.
Faça e governe...
Endireitando seus ombros largos, a expressão de Aemond endureceu com determinação, sua mandíbula firme como aço, arrastando seu irmão entre as ruas com a agilidade de uma serpente, fazendo questão de perdesse do outrora grande comandante da guarda real, de propósito.
Era na verdade, fácil demais.
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Sonhos e Sangue
FanfictionCAPA PROVISÓRIA Eles sonham. A Dança dos Dragões era um sonho vivido e terrivel para aqueles com sangue valíriano. A queda da última verdadeira casa Valíria. A Casa Targaryen. Mas eles poderiam impedir isso? Poderiam mudar o futuro? O Rei Viser...