| LUNA |
Coimbra ligou o carro de novo e retomou a estrada. O silêncio no carro estava pesado, mas de um jeito diferente, quase reconfortante. Eu olhava pela janela, vendo as luzes da cidade ficarem pra trás. Minha cabeça estava uma bagunça. Ainda amava Coimbra, mas não sabia se dava pra confiar nele de novo. Ele parecia arrependido, mas será que isso era suficiente?
Ele dirigia com uma mão no volante e a outra na minha perna. O toque dele me dava uma sensação estranha, uma mistura de conforto e incerteza.
Suspirei e abaixei o vidro da janela sentindo o vendo frio em meu rosto. A paisagem mudou, em todos os lados só havia mato, em uma parte do caminho pegamos uma longa estrada de terra.
Acabei dormindo, sentindo o cansaço me tomar.Quando acordei, o carro estava parando em frente a uma casa isolada no campo. O sol estava começando a iluminar o lugar, e a casa, com seu jardim simples, parecia um bom lugar para relaxar.
Os dias na casa no interior foram um misto de tranquilidade e inquietação. No começo, o silêncio era até bem-vindo, uma pausa necessária depois de toda a loucura. Mas, conforme o tempo passava, o isolamento começou a pesar. Não tinha sinal de celular, internet, nada. Era como se o mundo lá fora tivesse sumido.
Coimbra tentava se ocupar arrumando coisas pela casa, cortando lenha, qualquer coisa pra não ficar parado. Eu, por outro lado, passava horas olhando para o nada, pensando em tudo que tinha acontecido e no que ainda estava por vir.
No quinto dia, depois de uma manhã silenciosa e quase sem trocar palavras, Coimbra veio até mim. Eu estava sentada na varanda, só observando as montanhas ao redor.
— Tô pensando em ir até a cidadezinha mais próxima, ver se descubro alguma coisa - ele disse, me tirando dos meus devaneios.
Olhei pra ele, meio surpresa. Sabia que ele tava inquieto, mas a ideia de sair dali me deixou nervosa.
— Não acha perigoso ? Deve ter muita gente atrás de nós — perguntei, tentando disfarçar o medo que subiu pela minha garganta.
Coimbra respirou fundo, passando a mão pelos cabelos bagunçados.
— A gente precisa saber o que tá acontecendo, Luna. Não dá pra ficar aqui pra sempre sem notícias. E, se eu não for, quem vai?
Ele tinha razão, mas isso não me deixava menos preocupada. Levantei e fui até ele, segurando seu braço.
— Só toma cuidado, tá? — pedi, tentando esconder o nervosismo.
Ele me olhou, sério, mas de um jeito que me passou uma certa segurança.
— Vou tomar, prometo. Vou ser rápido. Se qualquer coisa estranha acontecer, volto na
hora — disse, passando a mão pela minha nuca.Assenti, mesmo com a preocupação ainda grudada em mim. Fiquei parada na varanda, vendo ele entrar no carro e dar partida. O som do motor quebrando o silêncio me fez sentir ainda mais isolada quando ele finalmente sumiu na estrada de terra.
Agora era só eu e o silêncio de novo. Não sabia quanto tempo ele ia demorar, mas sabia que, quando voltasse, as coisas poderiam estar bem diferentes.
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• NOTA •
Não me matem 🫶🏽
A faculdade está uma correria danada, não tive tempo nenhum 😔Votemmm ⭐️
ComentemmmmmBeijos da cindy 💋
* não revisado*
Até o próximo...
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PARA SEMPRE NÓS
Fiksi Penggemar📍𝙫𝙞𝙙𝙞𝙜𝙖𝙡 - 𝙧𝙞𝙤 𝙙𝙚 𝙟𝙖𝙣𝙚𝙞𝙧𝙤 [+16] "vai ser nós contra o mundo sempre, contra toda caretice de mãos dadas"