Capítulo 11

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"...buscando oportunidades, gastando para vastos retornos."

—Walt Whitman (Folhas de Relva)

Não consegui falar com Sam sobre ela ter me deixado sozinha pois quando voltei pra casa, ela estava dormindo na sala. Tentei preencher todo o meu resto de domingo trabalhando, mesmo que eu tenha precisado de dois analgésicos para isso.

Sam ainda dormia no jantar, deixei um prato para ela na geladeira e fui me deitar. O quarto estava diferente quando eu entrei para dormir. Demorei a perceber que era o cheiro. O cheiro de Evan estava em meu quarto.

Demoro a pegar no sono por não estar escrevendo como eu costumava fazer até minhas pálpebras pesarem. Fecho o caderno de páginas preenchidas depois de ler algumas e viro de lado na cama.

Eu precisava falar com Oliver. Eu precisava tomar algum posicionamento sobre a vaga. Eu precisava falar com Sam. Precisava contar para Eleanor sobre Aleksander. E eu precisava entender o que Evan estava afetando tudo isso.

—O que você pediu

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—O que você pediu. - Josie indica colocando uma pasta de arquivos em minha mesa.

Eu sorrio em agradecimento e antes que ela saia, a convido:

—Quer ter um almoço de verdade hoje? Podemos falar sobre seu encontro.

Fico animada que ela aceita e conto os minutos para nosso intervalo. Quando saio da sala, Evan estava vindo na mesma direção e chocamos nossos corpos, fazendo seu café derramar em minha saia.

—Ai. - Reclamo de dor, pois estava bem quente.

—Me desculpe. - Ele parece envergonhado e olha para os lados mesmo que todos tenham saído para o almoço. - Meu Deus, você tá bem?

Evan parece procurar algo que possa enxugar o café que escorre em minha perna.

—Está tudo bem. - Digo mesmo que não esteja nada bem minha saia nova suja de café e a talvez queimadura em minha coxa. - Você queria falar comigo?

Ele ainda encara minha saia suja e tenta focar em meu rosto.

—Eu ia perguntar se você tem um tempinho para eu falar algo... - Ele olha para os lados. - Do projeto dos Farrell.

Eu sei que Josie está lá embaixo me esperando, mas estou curiosa. Mando uma mensagem de texto dizendo que desço em cinco minutos.

—Okay. - Entramos na sala e eu fecho a porta para que Oliver não escute.

—Eu tive uma reunião com eles hoje e aparentemente eles não sabem quem é você. - Ele fala, as palavras demorando para que eu raciocine.

Estava secando a coxa com um lenço umedecido de cima da mesa e levanto o rosto para ele, o olhando entre os cachos que caem.

Meu Londrino Sonho AmericanoOnde histórias criam vida. Descubra agora