A rosa branca

( Casais Secundários )

GIANNA

O vento sopra lentamente ao meu redor, atingindo meu rosto com uma brisa suave. Abaixo lentamente e coloco o girassol sobre o túmulo do meu pai. Rodrik faz o mesmo, depois pega minha mão e coloca em seu braço, enquanto voltamos a pé para casa.

—Sinto tanta falta dele.

—Eu sei. —Ele responde de um jeito triste, depois me encarou um olhar sério —Roman disse que odeia vampiros, acha que ele foi sincero?

—Não acho que ele odeie vampiros, acho que ele odeia um em específico. Quase como você, só que você odeia todos os bruxos e ama uma em específico.

—A relação dele com nós vampiros é tão complexa, acha que ele se transformaria, sei lá, por algum acaso? —Ele perguntou.

Seu olhar transmite uma certa confiança na pergunta, como se ele soubesse a resposta, mas quisesse saber o que eu penso do assunto.

—Eu não sei... Acho que não. Ele ama ser bruxo.

—Não sei... Às vezes eu penso que talvez ele se transformaria.

—O que te faz pensar isso? —Dou uma risada.

—Nada não... Você tem razão.

Ele respondeu como se não concordasse comigo, parecendo que sabe de algo que eu não sei.
Apenas sorrio, fingindo estar satisfeita com a conversa. Rodrik abaixa o olhar e coça a cabeça, sei que ele está sofrendo com todo o lance da Amy em coma, me sinto mal por não conseguir ajudá-lo, se fosse meu pai... Certamente já teria conseguido.

— Sinto muito pela Amy...

— Não é sua culpa, cachinhos. Você está fazendo todo o possível, se ela não acorda é porque talvez não queira acordar.

— Ela só não está conseguindo, mas vai, confia em mim.

Rodrik sorriu e colocou a mão em meu ombro, como um sinal de carinho, depois seguiu para dentro de casa, provavelmente vai para o quarto dele, onde a Amy está.
Escuto passos atrás de mim e sinto o cheiro do perfume de morango de Dalila. Ela caminha até meu lado, pega minha mão e passa em seu braço.

—Ele não te culpa, ninguém te culpa por não conseguir acordar a Amy. Nós sabemos que você vai conseguir com o tempo.

—Quanto tempo mais vamos ter que esperar, Dalila? Um ano? Dois anos?

—O tempo que for necessário.

Ela me puxa para perto e nos abraçamos.

—Eu vou estar aqui só ao seu lado, eu prometo.

O abraço de Dalila me conforta por alguns minutos, até eu ver Roman se aproximando com um pacote retangular nas mãos. Dalila se afasta, os dois trocam olhares e ela sorri e desaparece. Cruzo os braços mostrando minha irritação para ele.

—Eu gosto muito de ser bruxo, Gianna.

—Eu não quero ouvir.

—Mas você vai!

Ele me puxa pelo pulso, quando me viro pra sair. Seus dedos acariciam levemente minhas bochechas e ele beija minha testa enquanto me entrega o pacote.

—Esse é o livro, daquela frase. Eu sei que falei besteira mais cedo. Mas... Eu realmente amo ser bruxo e não entendia o Rodrik, mas agora eu entendo. E se por algum acaso eu tivesse que me tornar vampiro, eu faria isso por você.

—Fico feliz em ouvir isso.

—Somos amigos de novo? — Ele pergunta de um jeito meigo.

—Sim! — Sorrio.