Capítulo 04

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Não posso voltar...
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A revelação do rosto de Kenji trouxe uma onda de choque e confusão para Akin. Ele ficou paralisado por um momento, olhando para o amigo e aliado que acreditava estar morto há anos. O encontro inesperado deixou Akin sem palavras, e o turbilhão de emoções em seu interior era quase palpável.

Kenji sorriu com simpatia, seus olhos brilhando com uma luz que Akin conhecia bem. Sua presença era ao mesmo tempo uma lembrança e um enigma incompleto. A presença de Kenji fazia com que o passado voltasse à tona, trazendo tanto alívio quanto um turbilhão de dúvidas. Akin se esforçou para manter a compostura, sabendo que precisava ouvir o que Kenji tinha a dizer.

— Kenji... — Akin finalmente falou, a voz um pouco embargada. Kenji deu um abraço sincero e acolhedor em Akin, e por um breve momento, a familiaridade e a camaradagem entre eles foram restauradas. Akin, ainda confuso, abraçou Kenji de volta, sentindo um alívio inesperado por ver um rosto conhecido após tanto tempo.

— É bom vê-lo, meu velho amigo! — Felicitou Kenji, seu tom de voz carregado de emoção genuína. - Não mudou nada desde a última vez que eu o vi.

— Vida saudável e muito exercício, — Akin respondeu com um sorriso, tentando descontrair a tensão do momento. — Mas e você? O que aconteceu desde a última vez que nos vimos?

Kenji se afastou ligeiramente, olhando para Akin com uma expressão que misturava seriedade e preocupação. — Como eu disse, minha missão deu errado e eu fiquei preso em uma situação complicada. Mas isso não é o mais importante agora. O que realmente importa é que a situação que estamos enfrentando agora é grave e exige a nossa colaboração.

— Colaboração? Sobre o que estamos falando, Kenji?- Akin franziu a testa, ainda processando a revelação. Kenji respirou fundo

— Receio que aqui não seja o lugar mais adequado para conversar, será que me convidaria para entrar?

Ao chegarem à cabana, Akin abriu a porta e fez um gesto para Kenji entrar primeiro. A pequena cabana era simples, mas aconchegante, com uma lareira que fornecia uma luz suave e calor. O ambiente estava decorado com itens que lembravam a vida tranquila que Akin havia tentado construir para si mesmo.

— Sinta-se à vontade, — Akin disse, convidando Kenji a se acomodar em uma das cadeiras ao redor da mesa.

Kenji entrou e se sentou, enquanto Akin preparava uma pequena refeição que havia guardado para si, como um gesto de hospitalidade. Ele preparou duas xícaras de chá quente e as colocou sobre a mesa.

— Então, Kenji, — começou Akin, servindo o chá. — Diga-me mais sobre essa nova ameaça. O que exatamente sabemos sobre ela?

Kenji pegou a xícara com gratidão e tomou um gole antes de começar a explicar.

— O mal que está se manifestando agora é algo que foi aprisionado por um antigo pacto. Acredita-se que uma poderosa entidade, uma espécie de demônio ou espírito maligno, foi selada há séculos por um grupo de magos antigos. No entanto, há sinais de que o selo está enfraquecendo.

Ele fez uma pausa, observando Akin para garantir que ele estava acompanhando.

— O desequilíbrio que estamos vendo é apenas um reflexo do que está por vir. Criaturas estranhas estão aparecendo, e os elementos naturais estão se tornando imprevisíveis. Estou convencido de que a única maneira de parar isso é descobrir onde o selo foi quebrado e reforçá-lo antes que seja tarde demais.- Kenji olhou para Akin com um olhar intenso.

— Os rumores sugerem que a entidade tem agentes trabalhando para ela, tentando acelerar o processo de quebra do selo. Precisamos identificar e neutralizar esses agentes, enquanto também buscamos informações sobre o local exato do selo.

Eu sou um Renegado - Arthur M.C. SilvaOnde histórias criam vida. Descubra agora