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Dei uma olhada rápida na minha agenda e conferi tudo o que ia ficar a cargo de Virgínia naquela semana, enquanto eu estivesse fora para o casamento de minha irmã. Peguei a agenda de tarefas – onde eu discriminava todas as tarefas diariamente – e fui assinalando tudo o que já havia concluído.
— Vestido de noiva, ok. — Olhei para a enorme caixa que teria que colocar na mala do carro. — Anáguas, ok. Véu, ok. Cauda, ok. Joias, ok. — Suspirei, tocando a maleta com a tiara que minha irmã havia encomendado
para combinar com o terço de vovó Dupont. — Os sapatos! — Meu coração gelou.
Danielle havia encomendado um par Louboutin na semana em que estivera em Seul fazendo os ajustes do vestido, pois a vendedora havia informado que não tinha pronta-entrega do modelo que minha irmã gostara no número dela, então ficaram de entregar para mim e assim me tornei
responsável por mais uma coisa do casamento.
— Vi, você sabe onde estão os...
— Sapatos! — Ela sacudiu a sacola. — O motoboy acabou de entregar. — Riu. — Aliás, falando de entrega, sua amiga Alice disse que não poderá vir buscar os croquis que você separou para ela e que vai mandar alguém pegar, bem como todo aquele tecido horroroso que enviou junto.
— Disse o horário? Eu queria enviar a ela umas amostras importadas para ver se havia algo que pudesse fazer para que, ao menos, consigam um caimento parecido.
— Não disse, mas posso tentar falar com ela. Essa sua amiga é...
Ri.
— Alice nasceu em berço de ouro, Vi. Pertence à nata da sociedade paulistana. Sua família está no ramo da tecelagem desde que as primeira fábricas foram instaladas aqui. Apesar de estar sendo um pé no saco, eu
entendo que ela queira se casar com algo feito nas fábricas da família.
— A questão, minha querida, é que é o nosso nome no vestido, por isso mesmo não pode ser qualquer tecido. E as amostras que elas nos enviou... — Tremeu. — Se ela ao menos se desse ao trabalho de acompanhar pessoalmente...
— Alice está terminando a universidade, Vi, está atolada de coisas e temos tempo. O casamento dela será para daqui a dois anos. — Minha gerente geral assentiu e eu continuei a olhar a lista de tarefas. — Separou um terno para o Jin?
— Sim, de acordo com as medidas que me passou, mas pode ser que você tenha que fazer alguns ajustes.
Sorri.
— Mole para mim! — Pisquei. — Aprendi a costurar antes mesmo de sonhar em me tornar estilista. Se ele precisar de bainhas ou pequenos ajustes, eu faço em um instante.
Eu estava torcendo para que tudo desse certo!
Jin, o acompanhante que Va me indicou, entrou em contato comigo dias depois que conversei com minha amiga. Ele se dispôs a ir comigo e ficar a semana toda, e Va conseguiu negociar um valor perfeitamente aceitável para o trabalho que o homem teria. Conversamos pouco, apenas por mensagens, porque não tive tempo para nada além de
terminar o vestido de Danielle e confirmar todos os serviços que contratei e que estavam sob minha responsabilidade.