Jisoo

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Eu já não reconhecia o jin – ou talvez o estivesse conhecendo de verdade –, porém não estava gostando nada do jeito que as atitudes dele mudaram desde o jantar

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Eu já não reconhecia o jin – ou talvez o estivesse conhecendo de verdade –, porém não estava gostando nada do jeito que as atitudes dele mudaram desde o jantar. Tudo bem, eu disse que não precisava da pena dele
e, muito menos, de um protetor e talvez aquilo o tivesse desobrigado a agir como vinha agindo comigo, como se se importasse, como se gostasse de mim.

Suspirei irritada, terminando de tomar o café da manhã, vendo o dia clarear, para começar os preparativos do grande dia da minha irmã. Eu não teria tempo para lidar com jin mais, ficaria o dia todo ocupada com os preparativos, estava com dor de cabeça por conta da festa de despedida de solteira – que terminara já quase na hora programada para eu acordar –, o que não ajudava em nada a melhorar meu humor.

Depois de ele ter me deixado ir para o jantar praticamente sozinha, ainda permaneceu calado boa parte da noite. O único momento em que o vi sorrir foi rapidamente, quando eu estava discursando sobre minhas memórias de infância com Danielle e a promessa que havia feito a ela, anos atrás, de fazer o seu vestido de noiva.

Foi uma parte muito emotiva, vi minha irmã chorar, e meus pais emocionados. Relembrei a vovó, contei um pouco sobre nossos momentos com ela e brindei à minha irmã toda felicidade do mundo, prometendo a
todos que ela estaria ainda mais linda do que já era quando entrasse ao som da Marcha Nupcial.

Danielle saiu de seu lugar correndo e me abraçou apertado, agradecendo-me por tudo, e eu senti a alegria de ter aceitado aquela
empreitada. Tínhamos diferenças, sim, mas éramos irmãs, eu a peguei no colo quando nasceu, toda desconjuntada, achando Dani a boneca mais linda que já havia visto. Eu amava minha irmã e queria que tivesse toda
felicidade que mereciaVoltei para a mesa, Jin me ofereceu um lencinho, sorri para ele e até
abri a boca para puxar assunto, mas ele logo se virou para prestar atenção a outro lugar – ou outra pessoa – e decidi permanecer calada.

Ficamos assim o jantar inteiro. Eu me diverti com os discursos, emocionei-me com as palavras de papai, aprovei o menu que havia
escolhido e o serviço do bufê que também seria o responsável pela festa de casamento, mas o clima estranho com Jin me incomodou e eu queria entender o que estava acontecendo.

Pensei que ia ter tempo para conversar com ele antes da despedida de solteiro – que noiva e noivo decidiram fazer juntos –, que aconteceria no antigo celeiro da propriedade, que fora todo montado para se tornar uma
balada sertaneja, contudo, logo depois do jantar, Jin se desculpou com todos, alegando dor de cabeça e cansaço, e foi para o chalé, deixando-me sozinha na festa.

— Aconteceu algo entre vocês? — papai inquiriu quando ele foi embora.

Fiquei sem saber o que dizer, porque, muito embora eu tivesse dito a ele que não precisava de um protetor e que não queria a pena dele, estava me referindo à cena de violência da outra noite, que me chocou e me deixou chateada por imaginar o que a havia motivado.

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