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— Fecha a porta, Jisoo — ele disse duro, seu tom típico quando estava prestes a nos chamar a atenção.
Fiz o que me pediu e fiquei parada, quieta, aguardando novas instruções.
— Sente-se...
— Pai, o que aconteceu? — Interrompi-o e ouvi minha mãe rir nervosa e depois colocar a mão no rosto, gesto característico de quando estava muito chateada e decepcionada.
Fodeu!
— Frei acabou de nos informar que seu noivo voltou para Seul com um dos meus carros.
— Como? — Pisquei confusa, sem saber se tinha ouvido direito, e olhei de meu pai para minha mãe. — Não entendi...
Mamãe bufou impaciente.
— Ele contou tudo, Jisoo! Como pôde fazer isso? — Ergueu não só seu corpo do sofá, como a voz. — Contratar um homem para fingir que estava namorando apenas para não ficar por baixo?
— Eu não... — Engoli em seco, coração disparado como quando eu era pega fazendo alguma coisa errada quando criança.
— Não precisa negar, por favor! Nunca houve namoro, vocês se conheceram apenas no dia que chegaram aqui. — Meus olhos queimaram e meus lábios tremeram ao ouvir a decepção na voz do meu pai. — Um homem que você nem conhecia e colocou no chalé e dormiu com ele lá! — Balançou a cabeça. — O que Seul fez com você? Quem minha filha se tornou?
Senti a lágrima rolar.
— Pai, eu sinto..
— E o motivo é ainda pior! — Mamãe parecia inconformada. — Iludiu sua família por puro ciúme, para chamar a atenção no momento que era de sua irmã!
— Não, não foi...
— Não se faça de inocente, Jisoo! O assunto da semana foi seu noivado e, se não fosse por Mamute, que comeu a aliança de sua avó, você teria conseguido roubar a cena ontem à noite.
Olhei para meu pai e neguei.
— Eu nem sabia disso! A ideia da aliança foi do papai. — Ele confirmou, mas seu semblante triste partiu meu coração. — Eu... me desculpem!
— Você contratou um ator para nos enganar. Você nos odeia, Jisoo?
— Mãe, não foi assim, deu tudo errado desde o começo...
— Eu gostava do rapaz e achava que vocês estavam apaixonados de verdade, por isso a ideia da aliança da minha mãe. — Ele suspirou. — Onde foi que nós erramos com você, minha filha?
Solucei ao ouvir aquelas palavras, sentindo o peso da culpa nos meus ombros. Nada que eu dissesse justificaria aquela mentira nem apagaria o semblante triste de meu pai.