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— Mas aonde vocês se conheceram? — Nany, uma das amigas de Danielle, perguntou-me, enquanto outras esperavam curiosas para ouvir minha resposta.
Desde que Jin apareceu na piscina, vestindo uma bermuda e camisa de linho, despojado com seus chinelos nos pés, cabelos penteados com os dedos e óculos de sol, eu sabia que ele iria chamar a atenção.
A conversa sobre eu ter trazido um homem para o casamento já havia se espalhado entre as amigas da minha irmã antes mesmo de eu me juntar a elas.
— O assunto ontem à noite na rodinha foi você — Paulinha me contou assim que nos vimos. — Você já imagina, não é?
— Jin? — indaguei rindo.
— Claro! Dani não perdeu a oportunidade de contar para as amigas que você está namorando. — Riu.
— Quando vamos sair da quinta série?
Tentei fingir que não me importava, mas fiquei curiosa sobre o que foi falado.
— Como foi o tom da conversa?
Paulinha balançou a cabeça.
— Jisoo, deixa essas garotas para lá! Você conhece. Só falei porque certamente vão puxar assunto contigo sobre ele e queria que estivesse preparada para perguntas. — Olhei para ela com seriedade e Paulinha rolou
os olhos. — Dani não comentou com maldade, apenas espalhou a notícia, afinal você nunca...
— Namorei ninguém, eu sei. Mas e aí?
— Algumas caras de surpresa, outras de curiosidade, e aquele mesmo veneninho de algumas, mas que sua irmã cortou com bravura. — Abraçou-me. — É aquela coisa, entre a gente, podemos falar mal uma das outras, mas se alguém de fora falar..
— Compramos briga — respondi de forma automática, mas me sentindo incomodada com aquilo. — Bobagem eu querer saber, não é? — Paulinha concordou. — Será que eu nunca vou deixar de me sentir como uma garota que quer ser aceita pelo grupo?
— Você já deixou há muito tempo, prima. Foi estudar o que quis, sem se importar com a opinião de ninguém, montou seu negócio, está fazendo nome e dinheiro. A maioria delas ainda está morando com os pais, aposto que agem assim por um pouco de amargura. Ninguém é perfeito ou completamente feliz nessa vida.
Concordei com ela. Paulinha tinha razão sobre aquilo. Sempre existe um ponto que, não importa quantas conquistas obtemos, parece que falta conquistar.
Depois da conversa com ela, fui até minha irmã e, é claro, como não esperava coisa diferente, tive que ouvir um pouco de drama sobre não a ter ajudado na recepção de suas amigas.
— Você ficou diferente depois que ficou noiva.
Ri.
— Eu não estou noiva, ele é meu namorado — ressaltei. — Além do mais, não estou diferente. São suas amigas, nada melhor do que serem recepcionadas por você.
