The Witching Hour: The (Re)Encounter (Final Part)

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Completamente imersa no poder de cada mínima, única e indescritível sensação que percorria seu corpo, tudo nela extrapolava as barreiras do sentir.

Parecia que seus pés não tocavam o chão!

Sentia como se sua vontade pouco importasse, comandada pela energia titânica que a expectativa do momento irradiava!

Duvidou jamais ter sentido tamanha excitação e, alheia a tudo que a cercava e como se o mundo estivesse em câmera lenta, o balançar ritmado de alguns cachos maravilhosamente dourados e o calor que pulsava do toque de suas mãos era tudo que Carina conseguia focar.

Seu olhar consumia aquela imagem, passando pela nuca lisa e alcançando as costas nuas de sua orientadora.

Hipnotizada, foi inevitável se perder nas constelações espalhadas por ela.

Um suspiro discreto acompanhado de um escancarado sorriso irrompeu nos lábios de Carina...

Maya era simplesmente um sonho inebriante e um pecado de mulher! Lembrou-se da outra noite...

De Cassiopeia...

Do táxi...

Da promessa!

Sim, a promessa que Maya havia feito a ela.

A promessa que fez com que Carina a admirasse e a desejasse ainda mais e de uma maneira que parecia impossível;

A promessa de que a esperaria estar verdadeiramente livre para se entregar a ela por inteiro.

Porém, por mais certo e correto que aquilo parecesse ser, intimamente, Carina sentia que ambas já haviam ultrapassado todos os limites possíveis e impossíveis da espera.

Porém, ainda assim, Carina hesitou!

Por uma única fração de segundo, suas pernas recobraram um resquício de razão e vacilaram pelo caminho.

Entretanto, Maya Bishop era, em todo o significado que a expressão carrega, uma força extraordinária da natureza.

Era imparável e, naquele instante, ela parecia ainda mais absurdamente invencível!

Assim que sentiu a hesitação de Carina, ela só precisou olhá-la.

Bastou que a chama vívida que queimava na galáxia perdida que morava em seus olhos, alcançasse os de sua aluna...

Bastou que aquele olhar a tocasse, carregado por tudo o que Maya sentia, para que os pés de Carina voltassem a segui-la.

Carina não podia e não queria evitar. Independentemente do que acontecesse, aquele momento seria delas e Carina teve a mais cristalina certeza de que seguiria aquela mulher até os confins da terra se preciso fosse.

E mais uma vez, experimentou aquela mesma sensação; a sensação de que nada era mais poderoso do que o que sentiam...

Do que as trouxe até aquele exato momento.

Sentiu seu coração e cada célula de seu corpo serem preenchidos por uma alegria quente e envolvente, um tipo único de sentimento que somente Maya era capaz de proporcioná-la, fazendo com ela mal conseguisse conter a emoção que insistia em querer transbordar...

Vir à tona. Carina sorria doce e bobamente, totalmente envolvida por absolutamente tudo que Maya era.

Ali, com a mão dela na sua, seguindo para onde quer que fosse, constatou seu coração pulsar em cada milímetro de seu corpo, surpreendendo-se quando Maya intensificou o toque em seus dedos no exato instante em que uma mulher quase se interpôs no caminho delas.

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