The Veil of Immortality

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Maya não se lembrava de que aquela escada fosse tão longa.

Percorreu os mesmos degraus que já esteve há poucos dias, só que dessa vez o sentimento que lhe dominava era completamente diferente.

Foi inevitável para si não rir sob a mais plena felicidade, ao ponto que parou a apressada corrida de ambas, obrigando Carina a olhá-la curiosa.

Não disseram nada, pois entre elas tudo era comunicado pelos olhares, pelos gestos e Carina percebeu pelo que Maya estava passando. Foi inevitável não se compadecer por ela, por tudo que ela passou nos últimos dias, por tudo e todos que ela precisou enfrentar para estar ali com ela.

Porém, afastou qualquer pensamento mais logico ou racional de sua mente, pois sua urgência gritava por senti-la novamente.

As vontades alucinantes de Carina não passaram despercebidas por Maya, que fitava o degrau e ergueu seus olhos para que esses fossem capturados pelo mais intenso e faminto dos olhares.

Sentiu cada pelo de seu corpo ser eriçado e seu ventre se contorceu de imediato guiando toda a sua excitação para o seu sexo latejante. Engoliu em seco e anuiu energicamente com a cabeça, dando a permissão já desnecessária para que continuassem a incursão rumo ao apartamento.

Um aperto de mãos concluiu o que queria dizer e poucos segundos depois, mergulhou de volta ao lar de Carina.

Maya parou um pouco a frente, de costas para a morena que se deixou recostar em sua porta após tê-la trancado.

Dessa vez não queria que ninguém as interrompesse. Ousou varrer o corpo da loira diante de si, permitindo-se deixar invadir pelos mais insanos pensamentos de onde gostaria de lambê-la.

De onde sua língua dançaria sobre aquele corpo absurdo. Novamente aquelas imagens também atingiram Maya potencializando o seu tesão ao extremo, obrigando-a a fincar suas unhas nas próprias coxas e sentir ainda mais o seu sexo latejar em meio a crescente umidade que muito em breve iria lhe denunciar. Estremeceu quando percebeu que Carina se aproximava dela.

Fechou os olhos e mordeu os lábios intensamente.

A cada passo dado por ela, seu coração acelerava a uma velocidade impressionante provocando um tremor agoniado. Carina ficou parada bem atrás dela, se deliciando com o perfume singular de sua amada e usufruindo de cada instante de antecipação.

Queria mais do que tudo tocá-la, mas ao mesmo tempo, desejava adiar ao máximo o iminente êxtase que viria com certeza.

Num tremor mútuo, Carina recostou sua testa nas costas de Maya que inclinou sua cabeça para trás. Também estava se deliciando com o "quase" e sentiu-se arrepiar por completa quando as mãos de Carina mal tocaram seus braços enquanto subiam e desciam.

As respirações desconexas de ambas entraram em uma sincronia tão particular enquanto a morena repetia o movimento de sobe e desce de seus dedos, sentindo sob a pele a arrepiar da loira.

Contudo, sempre que suas mãos subiam se aproximavam cada vez mais perigosamente do abdômen dela e numa derradeira subida, permitiu que seus polegares deslizassem por sobre os mamilos absurdamente duros de Maya que literalmente cambaleou diante do poder e da violência do espasmo que sentiu.

Cerrou os olhos diante da constatação de que estava na iminência do gozo apenas pelas insinuantes caricias que recebia.

Mas queria esperar...

Então ergueu suas mãos e tomou as de Carina assim que essas estavam flutuando bem diante de seus seios. Naquela posição a puxou gentilmente, obrigando que ela colasse o corpo contra o seu e assim que seus copos se tocaram, o gemido foi partilhado por ambas.

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