Karma is a s...

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*Carina DeLuca de Cabelo Curto*

Sua cabeça girava mediante tudo o que estava vivenciando e tudo o que passou e reencontrar Gabriela naquele mesmo lugar onde se conheceram parecia uma brincadeira das mais sádicas das senhoras dos destinos

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Sua cabeça girava mediante tudo o que estava vivenciando e tudo o que passou e reencontrar Gabriela naquele mesmo lugar onde se conheceram parecia uma brincadeira das mais sádicas das senhoras dos destinos.

— Acreditarias se eu dissesse que esse era o último lugar que queria estar hoje? – Carina confessou com um leve rubor no rosto, denotando que estava para lá de encabulada.

— Acredito sim, pois você é a última pessoa que eu esperava encontrar em meu plantão. – Gabriela disse com a sua suavidade característica, mas sem demonstrar maiores emoções. – Ainda mais por esse motivo! – Verificou a velocidade em que o soro glicosado pingava. Ali sim Carina pôde ver uma certa pitada de sarcasmo. Algo que não lembrava de ter visto naquela mulher.

— Bom, hoje foi uma noite de comemorações e eu meio que... Peguei pesado na Tequila. – Sorriu enquanto procurava se sentar para conversar com a outra, pelo menos, no mesmo nível. Sentiu um latejar em seu braço esquerdo e gemeu em meio a uma respiração de frustração. Só então percebeu uma tala sob uma luva ortopédica.

— Ah sim... Levarás essa pequena recordação da noitada. Uma luxação no pulso. Por pouco não quebrou. Agradeça a pouca altura do palco do El Rio. – Cruzou os braços e se posicionou mais próxima da janela revelando que havia cortado os cabelos e eles estavam numa tonalidade de louro mais acinzentado, dando-lhe uma expressão de mais maturidade.

— Como sabes que foi no El Rio? – Estava verdadeiramente curiosa. Mas pensou que, quem quer que a trouxe ali havia dito.

— O aniversário da Callie! Eu também fui convidada, mas não pude ir. – Limitou-se a apenas dizer isso.

Ela havia optado por privar-se momentaneamente daquela celebração, pois sabia que certamente iria reencontrar com Carina e não tinha a certeza se queria passar por aquilo, embora soubesse que, mais cedo ou mais tarde, se esbarrariam, pois frequentavam muitos lugares em comum e compartilhavam amizades.

Ficou até aliviada quando precisou cobrir um colega no plantão da noite, já que teria a desculpa perfeita.

Contudo, quando recebeu o prontuário dela, precisou rir da ironia do destino.

— Droga! – A paciente praguejou, levando uma das mãos a cabeça que estava pesada, ainda sob os estragos do álcool em seu organismo. – Acho que estraguei o momento de Callie e Arizona. Elas têm toda a razão em ficar com raiva de mim. – Tapou os olhos com os braços.

— Cari... Elas são suas amigas. – Gabriela se aproximou e sem pensar, tocou-lhe a perna, causando um sobressalto mútuo. Procurou se recompor antes que o clima estranho ficasse insuportável. – Além do mais foram elas que lhe trouxeram aqui e me imploraram para mandar notícias assim que você acordasse. – Sacou o celular do jaleco e começou a buscar um contato e digitar uma mensagem. – Pronto! Devidamente avisadas.

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