— Sem sombra de dúvidas você conseguiu me converter numa fã de ópera! – Carina sorria divertida enquanto caminhava empolgada pelo pouco espaço de seu quarto.
A tarde de domingo já ia longe quando ambas ainda estavam entregues às preguiças dominicais.
Maya permanecia jogada na cama, recostada nos travesseiros.
Seu corpo parcialmente coberto deixava a mostra parte da nudez que evidenciava, assim como a cama em desordem e as roupas jogadas ao chão, a intensa e longa noite de prazeres que aquele ambiente testemunhou.
— Fico muito feliz por isso. – A loura sorriu enquanto contemplava embevecida a sua amada falar com sua característica empolgação e paixão, com um intenso gesticular de mãos.
— A melodia tão poderosa, aliada àquelas vozes intensas... A luz, a atmosfera... E a história? Que amor extraordinário o da Buterffly por seu comandante. Ao ponto dela abandonar toda a sua cultura por ele... Embora, claro, eu discorde de algo assim. Mas... A entrega entre eles...
— Carina, você lembra que se trata de uma tragédia certo? Butterfly é abandonada pelo tenente!
— Sim! – Abaixou-se um pouco para depois reergue-se num fJaketico gesticular. — Mas eu me refiro às metáforas e as mensagens contidas na peça. Inclusive eu até pesquisei a agenda de apresentações para os próximos meses e gostaria de ir ao máximo que for possível! – Disse sentando-se na beira da cama enquanto olhava algo em seu celular.
— Eu criei um monstro! – Divertiu-se Maya que sorria, sentindo-se transbordar de felicidade. Uma sensação há muito esquecida. – Mas tudo bem, iremos juntas a quantas apresentações você quiser. Desde que... – Abriu um sorriso sacana. – A Srta. volte para essa cama agora mesmo. – Carina a olhou com um misto de falsa indignação e o mesmo tom de sacanagem.
— E para quê mesmo eu voltaria para cama? – A provocou já engatinhando de volta e parando sentada sobre o colo da outra, a envolvendo com as pernas.
— Vejamos... – Fingiu pensar em algo. – Discutir sobre ópera e música clássica, ou sobre as novas correntes pós-feministas...
— Eu tenho uma ideia melhor! – Carina lançou-se e a tomou num beijo intenso que logo as acendeu novamente.
Fazendo retornar à excitação que já era comum entre elas e que mal as deixou dormir nas últimas horas. A urgência do toque mais íntimo fez com que Maya retirasse o lençol que ousava ficar entre elas, jogando-o longe e então delirou ao sentir a umidade de Carina contra a sua coxa, denotando que ela estava tão excitada quanto ela.
Na verdade, pareciam disputar sobre quem ficava mais molhada que a outra. Quase como um delicioso duelo! O beijo se intensificou enquanto Maya apertava a bunda de Carina, demandando que essa se esfregasse ainda mais em seu colo, num rebolado acelerado, provocando o atrito do sexo dela contra suas coxas, causando o som peculiar daquele ato.
Aquilo enlouquecia ainda mais a loura que sentiu sua boca salivar para poder provar tudo que provinha de sua amada. Então sem aviso a retirou de seu colo, deitando-a para trás, e com o mais luxuriante dos olhares, lambeu os lábios enquanto anunciava seus planos.
Carina cerrou os olhos e mordeu o lábio inferior, erguendo levemente a cabeça para acompanhar o caminho percorrido por Maya e sua língua que descia por entre seus seios, deixando um rastro molhado e quente, lhe fazendo estremecer e contrair seu abdômen, sentindo o latejar de seu sexo, anunciando que certamente iria explodir em uma onda de gozo muito em breve e pretendia se derramar na boca de sua amada professora.
A loura apreciava cada segundo, cada singular reação do corpo da morena que já arqueava seu quadril quase involuntariamente, indicando a sua perda de controle que sempre antecedia seu êxtase e Maya já estava se tornando uma perita no que dizia respeito às reações de Carina.

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Deserve You
FanfictionReleitura da obra "A Ordem do Labrys: Crônicas da Herdeira" de "Juliana Lucena" "Não se aproxime demais ... é escuro aqui dentro." Uma das habilidades mais incríveis que o Tempo possui, é a capacidade de absolver ou amaldiçoar. Entretanto, ironicam...