Simplemente No Te Involucres || Pedri

Sixty Three

─O que é isso? ─eu perguntei, ao adentrar o meu apartamento e encontrar com Antonella sentada no sofá da sala e me estendendo algo entre os dedos.

─É um teste de gravidez pra você fazer! ─ela diz, e eu arqueio uma sobrancelha. ─Pega.

─Quê?! ─perguntei, o senho ainda bastante franzido.

─É isso mesmo, você vai fazer o teste que eu comprei. ─respondeu simples, me fazendo suspirar fundo e deixar minhas coisas sobre o outro sofá.

─Eu não tô grávida! ─balancei levemente com a cabeça, achando aquilo um completo absurdo. ─Eu não preciso fazer esse teste coisa nenhuma. ─cruzei meus braços rente ao peito.

─Você tava vomitando no banheiro à dois dias atrás, Angelina! E isso aconteceu depois daquele dia que você voltou da casa do seu namorado e disse que estava com um enjoo muito grande. ─ela retrucou, o semblante sério.

Rolei meus olhos e suspirei fundo.

─Era por causa daquele lanche que eu comi! ─eu disse, e ela respirou fundo. ─E aquilo foi uma intoxicação alimentar, nada demais! ─dou de ombros, simples.

─Mesmo assim! Eu quero que você faça esse teste e comprove isso. ─ela insiste e eu acabo pegando de sua mão, observando o pequeno objeto em mãos. ─Senão vai que você vomita outra vez...

─Eu não vou vomitar outra vez, relaxa! ─solto um curto riso e ela balança com a cabeça.

─Mas e se você tiver grávida? Aí o Pedri será pai, só que dessa vez ele será realmente pai da criança e, vai nascer um lindo bebezinho de vocês dois. ─ela sorrir empolgada, e eu nego com a cabeça.

─Não irá nascer um 'lindo bebezinho'! ─imito suas palavras, achando aquilo um pouco demais. ─E nós dois não seremos pais, Antonella. Meu corpo não mudou nadinha e não tem nenhum bebê crescendo aqui dentro.

─Então faz o teste e aí a gente tira as próprias conclusões! ─ela dar de ombros também, e eu suspiro fundo, outra vez.

─Tá bom. ─me dou por vencida, e ela abre um grande sorriso com aquilo.

─Ah, e antes que eu me esqueça! Você tinha mesmo razão, ele chegou a me fazer a proposta de irmos morar juntos no seu apartamento e vivermos como vida de casados. ─enrolo meus cabelos em um coque frouxo, e a vejo abrir um largo sorriso convencido.

─Viu, só? Eu sabia que isso aconteceria, e também tinha razão. ─se convenceu toda. ─E o que você respondeu?

─Que não tinha certeza sobre isso, até porquê não fizemos nem um mês de namoro ainda e chegar a morarmos juntos assim é muita responsabilidade pra pouco tempo como casal. ─eu digo, e a vejo assentir. ─Eu queria ter bastante certeza disso, sabe? Queria que fizéssemos pelo o menos um mês de namoro pra mim pensar sobre isso melhor. Até porquê tenho medo, de por exemplo não der certo entre a gente e, a gente começar a discutir por bobagens e no final não dermos certo juntos. ─suspiro fundo, em exaustão.

─Eu sei como deve estar se sentindo. Mas também isso não significa que será dessa forma mesmo que acontecerá, as vezes é só o medo mesmo querendo te fazer acreditar que não vai dar certo entre vocês. Mas na verdade pode ser que dê, sim, certo e vocês cheguem a se conectarem ainda mais como casal que são. ─ela me aconselha, me deixando mais paranóia ainda. ─E, também, não é porquê já não deu certo uma vez antes, que será assim pra sempre. Vocês dois se gostam e sabem o que querem para o futuro de vocês. Então, porquê não, não tentar fazer dar certo, hum? E se não der, paciência, pelo o menos tentaram. Não será como se fosse o fim do mundo para os dois. Brigas entre casal vocês sempre terão, mas isso é algo extremamente normal. Acontece com quase todo mundo na vida. ─deu de ombros, e eu assimilei cada palavra dita por ela, pensando mais sobre aquilo.