O PEDIDO

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VICENT FONTANA GONZÁLEZ

Estava com meu copo de bebida em mãos como fazia em toda reunião de família olhando os demais de canto, enquanto pensava na vida.

Esse almoço havia sido diferente após a ligação que Giovanni havia recebido.

Se havia uma pessoa que estava com perdão da palavra fodida, é essa garota.

Seu pescoço estava literalmente em julgamento.

E o pior para meu primo, é que ela tivesse se metido com alguém do mundo em que vivemos, em meio ao lado escuro do mundo.

Mas não, ela simplismente assassinou o irmão de presidente de um país que não aceitará isso tão fácil.

Dou mais um gole quando sinto meu braço se puxado.

- heyy - dou um grito - esse braço é meu em - falo enquanto Giovanni caminhava apressado pelos corredores da mansão me arrastando, com sua mente corrida e preocupada.

Ele encontrou um local que estava em um canto reservado da casa, longe dos olhares curiosos dos outros convidados, e me colocou contra a parede.

-se você quer me matar por eu ter ti feito algo, lembre que sou o preferido da vovó- digo sorridente, mas meu primo me responde com um olhar estranho.

Giovanni, um homem de presença imponente e ar sempre reservado, estava com um semblante desesperançoso, preocupado.

-Vincent, precisamos falar agora- Giovanni disse, a urgência em sua voz clara e inconfundível.

Levantei uma sobrancelha, surpreso com a seriedade de Giovanni.

-O que aconteceu? Está tudo bem com sua família...

Quando parei e lembrei da conversa mais cedo.

Ah não, não fodi Giovanni!!!

Giovanni olhou em volta para se certificar de que estavam sozinhos antes de falar.

-É sobre Geórgia. Ela está em sérios apuros. Acusam-na de um crime grave e, se não encontrar um álibi convincente, ela será morta - diz sério e meu semblante fica sério também.

- é eu ja sei disso, uma pena,  tao nova - falo e Giovanni franziu o cenho - olha primo eu gosto muito de você sério, não tanto quanto Dante, mas você é  o segundo primo favorito  - digo tentando mudar o clima, brincando, ja que so tenho dois primos.

- porra da pra levar essa conversa a sério- diz rispido.

- se for o que to pensando primo - dou uma pausa - NÃO! - falo mais alto.

-Geórgia, Ela é como uma filha para mim.- diz e sinto pena dele, ele realmente se preocupava com ela, inventando sempre que havia ganhado algo pra ela suprir suas necessidades, ou donos de locais a deixando morar sem pagar aluguel sendo que na verdade ele ja tinha pago tudo.

- O que está pedindo exatamente?- tento dialogar sério depois de ver seu desespero.

-Eu preciso que você seja o álibi dela,- diz e um silêncio permanece.

Giovanni respondeu, seus olhos intensos.

- Você tem influência e poder. Se você confirmar que estava com ela no momento do crime, isso pode dar a ela uma chance de escapar dessa situação. Sem isso, não há esperança para ela.- ele continua.

Olho para Giovanni com uma mistura de ceticismo e preocupação.

Minha vontade é de socar ele ou simplismente o matar por um pedido sem noção desse.

-Você está pedindo muito. Além de colocar minha reputação em jogo, isso é arriscado. - digo e eles ficam quietos - primeiro Giovanni, eles vão querer saber o porquê eu estava com ela, o nível de ligação e depois vão ficar nos perseguindo para saber se realmente mantemos contato, não pensou nisso ?

Giovanni deu um passo à frente, com um olhar determinado.

-Vincent, eu entendo seu receio, mas veja bem: se você não ajudar, Geórgia não tem nenhuma chance de sobreviver. Eu a tenho como uma filha, e não posso deixar que ela pague com a vida por algo que... - ele para. -Sua ajuda é a única coisa que pode salvá-la - continua - tente manter contato com ela por alguns meses e depois finja uma briga e pronto - tenta me convencer- eu tento arrumar a vida dela de novo, em reabilitação - fala - porquê se você não me ajudar eu vou me complicar, porque eu não a deixarei morrer, nem que eu tenha que matar várias pessoas pra isso, no dia que ela me ajudou eu prometi para mim mesmo que seria o apoio que ela nunca teve.

Estava hesitante. Isso é uma puta locura. E outra se me chamou aqui ele nao vai dizer para a familia que a ideia foi dele, eu vou ter que assumir e possivelmente quase ser morto pelo meu pai.

lutando contra a decisão que tinha de tomar. Meus pensamentos estavam girando em torno das implicações e do risco que envolvia a situação.

Sabia que uma falsa declaração poderia comprometer minha posição e reputação, principalmente por ter que comandar uma máfia.

Mas determinação nos olhos de Giovanni e a gravidade da situação fizeram-no reconsiderar.

- porra ! - resmungo olhando em seu olho e ele começa a ter um breve sorriso em seu rosto- Se isso der errado - finalmente disse, e sinto seu alivio aparecer - eu posso perder tudo. Mas... eu te mato juro - falo e ele ri aliviado, eu entendo o que está em jogo- vou fazer isso porque sei que faria por mim.

Giovanni respirou aliviado.

-Obrigado, Vincent. Isso significa mais para mim do que pode imaginar - diz e me abraça-  Eu vou garantir que você tenha todas as informações necessárias e cuidarei de qualquer coisa que você precise para tornar isso possível. - diz fazendo menção de sair.

-Eu farei o que puder para ajudar, mas espero que você saiba o que está pedindo. Isso não é algo que se pode reverter facilmente. -

-Eu sei - Giovanni respondeu, com um tom grave. - Mas é a única chance que Geórgia tem. E agora, mais do que nunca, ela precisa de você - continua.

- isso não vai te sair barato - falo e ele começa a sair rindo - tô falando sério primo prepara o bolso - fala mais alto - vai sair muito caro - grito o escutando rir ainda.

Enquanto Giovanni se retirava para preparar a estratégia necessária, eu permanecia ali, pensando nas implicações de minha decisão.

A pressão estava sobre seus ombros, e a responsabilidade de garantir a segurança de Geórgia pesava fortemente em minha mente.

- que porra, porque fui zuar Dante, agora isso sobrou pra mim.

O HERDEIRO - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora