O HERDEIRO - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 4

AMEAÇAS

VINCENT FONTANA GONZÁLEZ

Eu e meu pai, Matteo, atravessavamos o saguão da imponente empresa de tecnologia que tinhamos no centro da cidade como uma fachada cuidadosamente elaborada para esconder as operações da máfia.

Dentre as outras varias essa era a mais imponente.

O interior era um misto de modernidade e ostentação, com paredes de vidro e uma recepção que exalava um ar de sofisticação e poder.

Enquanto entravamos, indo em direção ao elevador, uma das secretárias, uma mulher de terno elegante e olhar atento, levantou-se e se dirigiu em nossa direção,  com um tom  que era de formalidade rígida.

— Senhor Vincent, Senhor Matteo, temos uma situação. Um visitante inesperado deseja falar com vocês. Ele não quer esperar.

Eu e meu pai trocaramos olhares de surpresa e curiosidade.

Mas antes que pudessem perguntar mais, a porta da recepção se abriu e, para sua total incredulidade, entrou nada menos que o presidente dos Estados Unidos, acompanhado por cinco agentes de segurança com expressão implacável.

- merda- sussurrei ao meu pai.

- postura Vincent, não temos que nos intimidar por eles - fala para mim.

— Senhores — anunciou o presidente com uma frieza calculada ao se aproximar de nos dois —, preciso conversar com vocês agora. É uma questão urgente.

Senti uma tensão crescente enquanto Matteo assentia com um gesto firme.

Sem trocar mais palavras, conduzimos o presidente e sua equipe para o escritório de Matteo, no andar superior nos acompanhando.

A caminhada foi marcada pelo silêncio, cada passo ecoando com um peso crescente.

Quando chegamos ao escritório, nossa secretária ja havia deixado tudo preparado Matteo se dirigiu para a grande mesa de mogno, e eu fui juntoa ele parando em pé ao lado dele sentando em sua poltrona.

O presidente tomou uma posição imponente diante a nos, sentandoa frente de meu pai, e seus agentes permaneceram atrás, vigilantes.

— Vincent — começou o presidente, o tom cortante —, sabemos que você está acobertando Geórgia Fontana. Ela está envolvida na morte do meu irmão, e é imperativo que você a entregue. É uma questão de justiça.

A acusação foi como uma lâmina afiada, eu era geralmente reservado e calculista, mas nesse momento senti uma raiva se manifestar em meu rosto.

Apertei minhas mãos em ira e os convidados indesejáveis acompanharam com o olhar.

— Isso é ridículo! Geórgia não tem nada a ver com a morte do seu irmão. - digo em tom serio e meu pai me olha temendo minha reação. - Ela está comigo, é minha namorada. O que aconteceu é uma tragédia, mas ela não tem envolvimento nenhum com isso.

O presidente riu, um som seco e desdenhoso. Seu olhar era de desconfiança, e suas palavras cortavam o ar.

— Você acha que pode enganar a mim e ao meu governo? Se você não entregar Geórgia, vou garantir que todos os seus negócios ilícitos sejam expostos ao FBI. Não haverá escapatória para vocês.

Com essa ameaça, desta vez meu pai, sempre o homem de ação, se levantou com uma energia que transformou a atmosfera da sala, principalmente a reação de medos dos demais.

Seus olhos eram fogo puro.

— Cale a boca, presidente — disse ele com uma voz grave e ameaçadora e meus olhos se arregalaram. — Se você sabe o que fazemos, então deve saber do que somos capazes. - disse sério e o vejo engolir seco- Você tem informações sobre nós - ele ri -  mas nós também temos sobre os crimes e crueldades cometidos por sua família - diz seco e diretamente  - Pense bem antes de falar mais sobre nós, a menos que queira conhecer o inferno pessoalmente.

O clima no escritório se tornou opressor, uma batalha de vontades que parecia prestes a explodir.

O presidente, com um sorriso tenso, sinalizou para seus agentes que estavam nesse momento em total atenção.

- você esta me ameaçando? - pergunta - ameaçando o presidente dos Estados Unidos  - questiona nervoso.

- ao contrário de você, eu não ameaço - diz ríspido- eu cumpro - fala serio - você pode ser a merda do presidente seja de onde for - cuspi as palavras  - mas não seja otario de querer confrontar logo a minha família- diz e vejo o presidente vermelho de ódio- seu cargo de merda é só 4 anos e depois disso volta a ser o lixo que já era - continua- agora eu serei um Fontana até o último dia de minha vida.

Ele estava em completo odio pois deve que achou que intimidaria logo meu pai.

Lançou então  um último olhar de desafio para antes de se virar e sair caminhando em direção da porta.

— Isso não vai acabar assim — disse o presidente, sua voz carregada de ameaça.

Matteo, agora imerso na raiva e na proteção paternal, fez questão de deixar uma última mensagem.

— Só quero que se lembre, se você ousar tocar em meu filho - da uma pausa- ou em minha nora - diz firme - esteja preparado, meu caro, pois você irá  conhecer o diabo em pessoa ensima dessa terra - fala e a expressão do presidente muda - Lembre-se bem disso.

O silêncio se instalou depois que a porta se fechou com um estrondo. A tensão ainda pairava no ar, e eu e meu pai sabiamos que essa história estava longe de terminar.

Mas a mensagem estava clara: havia um preço alto para desafiar a família Fontana.