BABÁS

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VINCENT FONTANA GONZÁLEZ

A luz da tarde entrava pela janela do apartamento do meu apartamento, criando uma atmosfera suave e íntima, que particularmente eu amava.

Eu e Geórgia estavamos juntos no sofá, curtindo um momento de tranquilidade quebrado apenas pelo som das risadas dela com as minhas provocações sutis.

— Você sabe que não deveria me olhar assim — disse Geórgia, desviando o olhar, os lábios curvando-se em um sorriso travesso, enquanto eu a aperto em meu colo dando beijos molhados em seu pescoço.

— E por que não? — digo rindo e me inclinando mais perto, com minha voz rouca quase um sussurro em seu ouvido enquanto ela fingia assistir a Tv— Eu gosto de admirar o que é meu. - falo a sentindo suspirar fundo.

Geórgia sentiu as bochechas esquentarem, e seu coração disparou.

- sua ? - ela levanta a sombrancelha com um olhar travesso.

- isso toda minha - digo descendo uma de minhas mãos apertando sua bunda.

Ela ri vendo que estamos em um clima quente, e do nada levanta quebrando o momento intimos que estavamos.

— O que você acha de preparar um lanche? — sugeriu, mudando de assunto se levantando e eu bufo.

Com certeza ela pensou em qualquer coisa para escapar daquela tensão crescente.

- eu acho que não- puxo ela de novo que cai em meu colo rindo, começo a lançar vários beijos nela, porém antes que eu tomasse qualquer atitude um estrondo ressoou pela casa, seguido pela batida da porta.

— Estou em casa! — gritou Cecília, a minha querida  irmã nao por escolha, enquanto entrava, trazendo com ela uma tempestade de energia.

— Ah não... — murmurei, cobrindo o rosto com as minhas mãos, e um sorriso involuntário se formou no rosto de Geórgia. — O dia perfeito estragado.

Geórgia riu, percebendo que a nossa intimidade havia sido interrompida.

Cecília entrou com os três filhos e meus amados sobrinhos pestinhas: Angela, Guilherme e Valentina, todos pulando de excitação. Angela, a mais velha por segundos, com seus quatro anos, logo tomou a frente.

— Tio Vincent! Tia Geórgia! Olha o que eu trouxe! — Ela sacudiu um pacote de desenhos e colagens.

Ri dela ainda mais da expressão de Geórgia ao ser chamada de tia.

— Uau! O que você fez? — Geórgia se abaixou para ficar no nível da criança, seus olhos brilhando de entusiasmo.

— É uma surpresa! Mas agora precisamos brincar! — disse Guilherme, com seus também quatro anos, enquanto puxava Geórgia pela mão. — Vamos jogar!

— Espera! — interrompeu Cecília, tentando organizar a confusão. — Eu preciso que vocês cuidem deles por algumas horas, ok? Eu tenho um compromisso e preciso de um tempo para mim.

— Por favor, Geórgia! — Valentina, a mais nova por segundos também, disse com um sorriso doce e seu toque carinhoso ao tentar sentir como Geórgia era, ja que infelizmente não enxergava— Vamos brincar de pintar

Geórgia hesitou, um pouco tímida, mas o meu olhar a encorajava.

— Está bem! — respondeu Geórgia, um sorriso se formando em seu rosto. — Vamos brincar, então!

Sorriu, aliviado, mas ao mesmo tempo cansado, sabendo que meu dia de aproveitar Geórgia acabou em dia de babás.

— Alguém vai ser o primeiro artista? — ela perguntou, olhando para os pequenos.

O HERDEIRO - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora