CONVIVÊNCIA FORÇADA

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VINCENT FONTANA GONZÁLEZ

Após a breve introdução e a troca de provocações entre Geórgia e eu, Giovanni pediu para se reunir com todos.

E assim meu pai fez, estamos aqui todos na sala principal da mansão para discutir os próximos passos.

A atmosfera estava carregada de tensão e expectativa, já que tinha entrado nessa, vamos resolver logo.

-Bom, pessoal -  Giovanni começou, tentando colocar a realidade da situação - precisamos conversar sobre a convivência de vocês. A ideia é que todos compartilhem o mesmo ambiente por um tempo para que o plano funcione da melhor forma possível- diz e engulo seco sobre esse detalhe, porra eu esqueci de falar pra ele.

O silêncio que seguiu foi quase palpável. Geórgia e eu trocaramos olhares rápidos, ambos claramente insatisfeitos com a ideia.

Giovanni não parecia perceber o desconforto crescente.

- então eles vão ter que se mudar para o apartamento de Vincent?- meu pai pergunta sem gostar.

-Eu pensei que você morava com seus pais, Vincent - Giovanni disse, dirigindo a mim de forma casual.

Levantei uma sobrancelha, meu olhar se tornando um pouco mais afiado.

- Na verdade, eu moro em um apartamento no centro da cidade. Na cobertura, para ser exato - falo resmungando - não achei que ia ser necessário ela ir comigo - digo e a vejo me olhar com raiva.

- eu não posso ficar aqui - olha para Giovanni que só respira fundo.

O silêncio na sala ficou ainda mais pesado. Giovanni pareceu surpreso, sua expressão mudando ligeiramente enquanto assimilava a informação.

-bom -  Giovanni disse, finalmente se recompondo. - Então, Geórgia terá que ficar com você no apartamento. Não há outras opções. Vamos nos certificar de que o plano funcione - fala e nos dois bufamos não gostando, seguindo pelo olhar dos demais.

Olhei para Geórgia, seu rosto revelando uma mistura de resignação e irritação.

Eu por minha vez, fiz o mesmo, minha expressão refletindo claramente a mesma frustração.

-Então, você está dizendo que vamos ter que dividir um espaço pequeno- comento com um tom amargo.

- Vincent seu apartamento é enorme - minha mae me dismente e eu so a olho, com olhar de desaprovação.

- E não há possibilidade de Geórgia ficar na casa dos meus pais? Seria mais respeitoso né- digo tentando uma última vez.

Giovanni balançou a cabeça.

-Não, isso não seria seguro. A ideia é que todos estejam sob o mesmo teto, monitorando as situações de perto - diz e eu resmungo.

- merda!

Geórgia soltou um suspiro exasperado e murmurou para mim.

-Parece que teremos que nos suportar bem de perto por um tempo. Como se a situação não pudesse ser mais complicada - diz e infelizmente tenho que concordar com ela.

Bufei, concordando com a cabeça. -Parece que estamos presos nessa juntos. Não é exatamente a forma mais confortável de lidar com isso, mas parece que não temos escolha - digo vendo sua expressão de desdém.

Giovanni observou a troca de olhares e o diálogo entre nos dois, sem esconder a leve frustração com a falta de entusiasmo de nos.

-Bem, já que a decisão está tomada, vamos seguir em frente. A colaboração de vocês é essencial para o sucesso do plano.- diz sério

Após uns minutos Enquanto Giovanni se retirava para concluir outros detalhes do plano, nos ficamos sos novamente na sala, ambos processando a nova realidade que precisavam enfrentar.

-Não posso acreditar que isso está acontecendo - Geórgia disse, se recostando em uma cadeira e olhando para Vincent. - Temos que fazer isso funcionar, mesmo que signifique dividir um espaço pequeno com você.- fala e isso me irá.

-Eu também não estou feliz com isso- respondo, tentando manter a calma. - Mas vamos ter que nos ajustar e fazer o melhor possível. Não temos outra opção - fala e ambos ficamos quietos.

Após a longa conversa tivemos que ir em direção ao meu apartamento.

Sério que eu estava levando uma desconhecida pra lá para morar comigo.

Pelo o que sei dela até agora, é que a sua maior facilidade é arrumar problema.

- vamos ? - a chamo quando todos já estão reunidos na frente da mansão e suas malas já estão no carro.

Ela olha para Giovanni como se implorasse que ele a levasse embora mas a única coisa que faz é abraçá-la e desejar juízo enquanto bagunça seu cabelo.

Todos nós nos despedimos até meu primo se aproxima.

- boa sorte - diz rindo e fecho a cara.

- porque boa sorte, ela que está indo para minha casa - digo certeiro antes de entrar no banco de motorista de meu carro.

- conhecendo bem ela - fala rindo- você meu primo está ferrado- diz rindo e saindo em direção dos meus pais.

Fico com aquelas palavras em minha cabeça martelando.

Se tivesse um dia que pudesse ser visto como o pior, seria o dia que aceitei essa palhaçada aqui.

Entrei e coloquei meu sinto e quando ia me virar e perguntar se ela precisava de ajuda, ela já joga as palavras.

- não precisa me ensinar, eu sei colocar um sinto - diz seria o colocando e jogando as costas no banco se encostando por completo.

Oh Deus sei que nao sou bom. Mas me de paciência!!!

O HERDEIRO - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora