A CHEGADA AO MÉXICO

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GEÓRGIA

O avião pousou suavemente na pista do aeroporto mexicano.

Sinto minha mão suar, eu realmente tinha vindo para ca e o plano de Giovanni ia começar.

Nos dois descemos da aeronave, e Giovanni já estava ao telefone, falando com um contato importante sobre uma possível reunião com pessoas influentes do FBI.

-Sim, eu entendo a urgência. Precisamos alinhar tudo o mais rápido possível- Giovanni dizia, com a voz firme e decidida, enquanto eu me culpava por causar isso a ele.

Enquanto Giovanni falava,eu observava a movimentação ao redor.

O calor e a nova paisagem me deixava nervosa, eu roía as unhas, em sinal de nervosismos e ansiedade, uma expressão clara do meu desconforto.

-Eu nunca imaginei que a vida ia me levar para aqui - murmurei para mim mesma, tentando me acalmar.

Depois de pegar suas malas e se acomodar no carro, Giovanni e eu seguimos em direção à mansão dos Fontana González, onde eu ficaria por um tempo, bom eu acho.

Eu olhava pela janela, sentindo um nó crescente no estômago conforme se aproximava.

Quanto mais ia se aproximando mais meu nervosismo ficava visível.

Quando chegamos à mansão, uma imponente construção que exalava elegância e tradição, senti meu nervosismo aumentar, o qhe eu to fazendo aqui, eu nao pertenco a um lugar assim.

-Eu não consigo acreditar que estou prestes a fingir um relacionamento com um completo estranho - sussurrei para mim, mordendo os lábios.

Saímos do carro e Giovanni nos conduziu até a entrada da mansão, onde vi três  pessoas nos aguardando.

Fomos recebidos por Matteo e Aurora os tios de Giovanni e pais do tal Vincent, que também estava ali.

O caloroso cumprimento e as apresentações foram corteses, mas eu mal conseguia me concentrar nas palavras.

-É um prazer finalmente os visitá-los de novo tios - Giovanni disse, com um sorriso carinhoso -  bom, essa é  Geórgia - diz me apresentando mas apenas abro um pequeno sorriso forçado.

-Muito prazer- digo, tentando manter a compostura. - e eles me responde com um sorriso, menos Vincent que é com uma expressão igual a minha.

- e Geórgia este são meus queridos tios Matteo, o pai de Vincent, e Aurora, sua mãe.- diz e ele me responde.

- um prazer senhorita - Matteo fala sério com um aceno de cabeça.

- um prazer te conhecer querida - Aurora que é tão doce,mesmo a vendo pela primeira vez, me faz sentir como se a conhece a anos, ela vem em minha direção da um abraço acolhedor e volta a ficar ao lado de seu marido e filho.

- E esse é o Vincent- diz e ambos acenamos um ao outro sem dizer uma palavra.

Após as apresentações, Aurora nos encaminhou ate uma sala de estar.

Porem Giovanni não ficou muito tempo e se retirou para o escritório para discutir detalhes com o pai de Vincent.

Me sentei em um dos sofas de estar, tentando me acalmar.

Vincent estava sentado à poltrona na minha frente tentando olhar aos lados.

O momento era totalmente desconfortável.

Quando achei que não dava para piorar, Aurora se levanta.

- bom meus queridos, eu vou me ausentar por uns instante na cozinha mas logo volto com algo para vocês ok - diz e sinto querer acompanhar ela e não ficar a sós com ele.

Vincent bufa e se aconchega na poltrona quando sua mãe sai.

Depois de uns instantes ele entao fica de forma reta e bem posta ao se sentar melhor e comeca a falar.

-Então, você é Geórgia- Vincent começou, com um sorriso que parecia mais um esforço educado do que genuíno.

Mas serio que ele vai comecar assim.

-Parece que ser o meu álibi será uma tarefa interessante. - diz sorrindo mas por intuito total eu  levanto uma sobrancelha, desafiadora.

- Eu não preciso que você fale comigo. Só finja que somos algo, e estará tudo bem.- digo não querendo que fale comigo por pena.

Vincent, me encara com um olhar chocado, não querendo ficar para trás, retrucou.

-Ah, é? E por que eu deveria fazer isso? Só porque Giovanni está convencido de que isso é uma boa ideia? - diz resmungando fazendo careta pra mim.

-Sim, exatamente - respondi com um tom sarcástico. - E não se preocupe, eu vou manter minha parte do trato. Só espero que você não se sinta tão superior por ter uma vida de playboy - falo e ele me olha perplexo com a boca entreaberta.

Vincent riu.

- Playboy, é? E você acha que se encaixa no perfil de uma pessoa do beco? - diz e o olho querendo o matar, ja nao gostei dele de início, agora menos ainda - Estou apenas fazendo o que me pedem, e parece que você está mais preocupada com o status do que com a situação real - fala sério.

Me inclinei para frente, com uma expressão desafiadora enquanto ele me encarava.

- Maurícinho. Se você acha que vai me intimidar com esse seu jeito de playboy, está muito enganado. Eu só estou aqui porque não tenho escolha. - diz e Vincent cruzou os braços, um sorriso divertido no rosto.

-Você me parece uma má influenciada, e eu não estou nem um pouco preocupado com suas opiniões. Apenas lembre-se de que estamos no mesmo barco. Se algo der errado, ambos vamos nos afundar juntos.- fala eu o encaro.

- você entrou nessa porque quis, senhor eu tenho que fazer o que mandam - digo e levanto, não suporto mais ficar aqui com ele.

- como?? - ri perplexo se levantando também.

- isso mesmo, quer ir lá pedir permissão para me responder ? - digo e ele se aproxima de mim sério e isso me deixou nervosa por um instante.

- Geórgia, melhor medir suas palavras afinal quem mais precisa aqui é você- diz sério se aproximando enquanto eu recuo aos pouco.

- eu não pedi pra você aceitar nada, se quiser desistir é só dizer - falo não querendo abaixar a cabeça.

Ele se aproxima mais e choco as costas contra a parede.

Olho que bati na parede e quando volto o olhar ele está na minha frente.

- olha aqui sua pirralha- fala colocando um braço ao lado de minha cabeça. - fiz isso pelo meu primo ok, então trate de se portar e fazer isso da certo merda - diz e fico quieta.

- mal vejo a hora disso acabar - falo encarando o seus olhos com raiva.

- não mais que eu pode ter certeza- diz sério enquanto nos encaramos, quando eu ia da uma boa resposta, escuto uma tossida e viramos o rosto vendo Aurora ao longe com um risinho.

Nos afastamos imediatamente.

E não é nada disso que ela esta pensando, pra dizer a verdade estavamos nos ofedendo.

O diálogo entre nos dois estava se tornando cada vez mais afiado.

Estavam claramente em lados opostos, e a tensão era quase tangível.

- desculpe atrapalhar a conversa de vocês mais eu trouxe biscoitos- disse e vejo Vincent bufar.

- Obrigado estou satisfeito, na verdade vou ter que me retirar - Vincent disse e saiu antes que sua mãe dissesse algo.

- aah que pena tinha feito vários- diz fazendo biquinho,  e coloca sobre a mesa se sentando no sofá e dando tapinhas indicando para me sentar ao seu lado.

Posso ter certeza de duas coisas.

Primeira Aurora aparentemente é a única que me quer aqui, e segundo eu Vincent definitivamente não iremos nos dar bem.

O HERDEIRO - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora