CASTIGO

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VINCENT FONTANA GONZÁLEZ

saio do banheiro ja trocado, com a toalha no ombro e um humor para poucos amigos.

Estava um pouco atordoado e com a mente ainda nublada pela recente discussão com Geórgia.

Em um momento estava doido quase alucinado em seus beijos, e em outro trancado para fora do meu próprio quarto.

Saiu do banheiro que se encontra dentro do meu escritório no galpao onde eu e meu pai cuidamos dos negócios da máfia.

Com todos esses dias preso com Geórgia eu tinha que passar de uma jeito ou outro aqui para resolver os inúmeros problemas diarios que temos.

Saiu da sala apenas para observar o corredor do escritório estava deserto, exceto por uma figura que se destacava caminhando até a minha sala.

- que porra!- resmungo fechando a porta quando avisto o bobão de meu melhor amigo se aproximando daqui.

Leandro, o filho de Paulo, o guarda-costas chefe de meu pai, bateu na porta e eu bufei.

Se ele esta aqui. Sabe que estou e pior que devo ter sido enxotado de minha própria casa.

- entra - fala sem animo. Quando vejo sua cara debochada, e seu sorriso minimo tentando ser escondido - o que deseja - falo seco. E ele caminha para junto ao balcão de mármore onde fica minhas bebidas se encostado casualmente.

Um sorriso maroto estampado no rosto.

Sei que minha paciência sera testada e respiro fundo

Minha visão me trouxe uma satisfação amarga, pois sabia que Leandro não perderia a chance de fazer uma piada comigo.

— Olha só quem finalmente sai de trás da porta — disse Leandro, rindo baixo.

E eu reviro os olhos.

- o que você quer? - pergunto o encarando - tenho vários negócios para resolver - fala e ele ri.

So nao o mato porque gosto de sua familia, e sentiria a falta desse ser.

— Parece que a senhora Geórgia teve uma pequena crise de ódio por você, hein?

Lanço um olhar irritado para o meu amigo, com as sobrancelhas franzidas.

Sem dar muita atenção à provocação, dele, faço apenas fez um gesto com a mão, indicando que Leandro deveria se calar.

A última coisa que precisava era de mais comentários sarcásticos.

Estava cansado, e o humor do meu amigo não me ajudava.

— Cale a boca, Leandro — murmurei, enquanto começava a organizar meus papéis sobre minha mesa — Não estou com paciência para suas piadinhas.

Leandro, no entanto, não me deixou desanimar e continuou a brincar, embora com um tom mais baixo, respeitando o meu estado visivelmente perturbado.

- eu só quero ser padrinho sabe - pergunta e eu jogo uma bolinha de papel nele e ele desvia indignado - não vou ser ????- pergunta perplexo e eu bufo.

- senhor me de paciência- sussurro.

- me sentir magoado - diz e eu o olho querendo assassinar.

- quando eu acho que ninguém pode superar Cecília - falo o encarando - você me prova ao contrário.

Falo e direciono minha atenção enquanto eu buscava o ignorar e trabalhar.

Mas Leandro se aproximou um pouco mais, talvez em busca de algum entretenimento ou simplesmente para manter a conversa viva, ou entao buscando uma morte rápida.

— Por falar nisso, ouvi algo interessante — começou Leandro, de forma um pouco mais séria, e eu o encaro novamente — Geórgia estava com a sua irmã hoje. Pareciam estar saindo para algum lugar. - fala e paro de escrever por um instante.

A menção da irmã me fez com que eu parasse de imediato o que estava fazendo.

Meus dedos pararam de folhear os papéis, e minha expressão se fechou.

Cecília ama fazer duas coisas relacionadas a mim, falar mal de mim, ou comentar o que falem mal de mim.

Agora completamente focado na conversa. Leandro percebeu a mudança e aproveitou para prosseguir com a informação.

— É, parece que elas tinham algo planejado. — Leandro continuou, notando a minha atenção agora focado cem por cento nele— Só não sei exatamente o que estão fazendo.

Senti um frio na espinha ao imaginar sua irmã envolvida em qualquer coisa que envolvesse Geórgia.

- ela vai estar me dissecando para Geórgia- falo colocando as maos pelo rosto.

- é nao posso negar. Sua irma adora fazer isso - ele fala e eu bufo.

A preocupação do que ela estaria fazendo com Geórgia era grande.

Geórgia podia ser uma experiente assassina, mas aqui entre nos estamos falando de Cecília e seu poder de deixar ate o homem mais poderoso do mundo do crime, fazendo o que ela quer.

Sem perder tempo, puxei o celular do meu bolso e olhei para a tela, procurando por mensagens ou informações.

Foi quando encontrei uma mensagem de minha irmã, enviada há alguns minutos atrás.

- ela mandou mensagem não mandou ?- Leandro pergunta e eu confirmei.

"Vincent, estou tentando ajudar a aliviar a sua situação, mas preciso de algo em troca. Diamantes. Eles cairiam bem para resolver alguns problemas. Me avise o quanto antes."

Os meus olhos se arregalaram ao ler a mensagem.

- vou matar ela - sussurro passando as maos pelo rosto.

- diamantes ou outro carro ?- leandro ri perguntando ja que da ultima vez que alívio minha barra eu tive que presentear ela com uma Mercedes.

Essa mercenária!

Sabia que sua irmã não costumava aliviar para mim. Sempre pedindo coisas tão drasticamente valiosas sem uma razão importante.

Mas dessa vez vi que ate pegou leve com apenas alguns diamantes.

As palavras dela carregavam uma urgência que não poderia ser ignorada.

Rapidamente me virei para Leandro.

— Preciso saber onde elas foram. — exigi, com uma voz que não deixava margem para discussões.

Leandro levantou as mãos, mostrando que não estava tentando causar mais problemas.

— Só ouvi um pedaço da conversa — disse ele, com uma expressão de desarmonia. — Geórgia e sua irmã falaram sobre um lugar na cidade.

Algo relacionado a um evento, talvez. Não tenho certeza. Mas se você quer detalhes, posso tentar descobrir mais para você.

Balancei a cabeça em sinal de aprovação, sem perder tempo com mais questionamentos desnecessários.

Ele sabia que precisava agir rápido.

Afinal algo me dizia que aquilo tinha dedo de dona Aurora apos as cenas que ela viu.

Geórgia é difícil de lidar se ela se sentir desconfortável com todos a rodeando tenho medo de ela querer fugir.

A preocupação com minha irmã agora misturava-se com a frustração sobre o que Geórgia poderia estar tramando.

— Boa. — disse, enquanto pegava meu telefone novamente. — Vamos fazer o seguinte: procure mais informações sobre esse evento e veja o que pode descobrir. Eu vou começar a reunir os diamantes que minha irmã pediu.

Melhor não contrariar A senhora Cecília Fontana Lopes.

O HERDEIRO - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora