O PLANO

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GEÓRGIA

Sinto um desconforto ao me mexer, como se tivesse apanhado horrores.

Pera o meu trabalho...

acordo com um salto, o coração batendo acelerado.

- onde to - me pergunto vendo que tenho um quarto ao meu redor.

Ele esta elegantemente arrumado, mas a decoração não era familiar.

Eu estava saindo da casa do meu alvo e entao derrepente comecei a ser perseguida.

Busco em minha mente os detalhes. Ate eu achar que estava segura eeh...

E tudo escurecer.

O que havia acontecido? Onde eu estou?

Enquanto eu tentava me situar, entender tudo olhando para todos cantos e vendo todos os detalhes, a porta se abriu lentamente e por ela entrou uma pessoa que eu não via a tempo.

O grandão emburrado!

Giovanni entrou, seu rosto um misto de preocupação e alívio.

Abaixo a cabeca sabendo que ele deve ser o motivo de estar viva aqui e segura, Giovanni era como um pai para mim, talvez ele nao saiba mais eu sei de tudo que fez por mim esses anos, mesmo eu nao merecendo nem 5 por cento.

Ele se aproxima  e rapidamente me sento na cama, tentando encontrar palavras para expressar minha culpa.

- Giovanni,-  começo, com uma voz trêmula. -Desculpe. Desculpe pela cagada que eu fiz... oh Assassinato  eeh ...- paro quando Giovanni suspirou profundamente.

O peso da situação claro em seus olhos.

- Geórgia, você não pode simplesmente falar sobre isso como se fosse uma pequena bagunça. O que você fez é gravíssimo. - diz e eu sei e engulo seco.

Abaixo a cabeça, com meu olhar fixo no chão.

-Eu sei, eu sei. Estou desesperada.- digo verdadeiramente, nunca tinha saído mal em um trabalho, mas esse foi uma cagada atrás da outra e o valor que me prometeram era exorbitante.

Ele se aproximou, me puxando pelo braço e me abraçando com força.

Nunca recebi carinho na vida,  sempre foi eu por mim. Em parte aceitei isso ja que minha vida nem faz mais sentido. Mas so foi ele entrar nesse comodo me senti a pessoa mais burra do mundo.

Sinto lagrimas correrem por meu rosto enquanto ele me passa confiança e carinho no abraço.

-Calma, nem tudo esta perdido- fala e levanto meu olhar para ele tentando entender- Tenho um plano para você ficar segura, mas você terá que seguir minhas instruções exatamente.- diz e fico confusa.

Sei que ele é influente no mundo do crime e no mundo normal, mas a cagada que fiz nem ele pode resolver,  não dou muito tempo para me encontrarem e me incriminarem já que viram detalhes de mim.

O que poderia ser que pudesse anular o que uma pessoa viu parcialmente.

- eu vou te tirar dessa sua pirralha - falo e sorrio, por mais que eu tenha 21 anos ele fala comigo como se tivesse os mesmo 15 anos de antes.

O alívio foi momentâneo, mas logo senti uma nova onda de tensão.

-O que você quer que eu faça?- pergunto não sabendo o que terei que fazer para sair dessa.

Giovanni hesitou um momento antes de falar.

-Você terá que fingir um caso com meu primo, Vincent. Assim, ele poderá ser seu álibi para o dia do crime.- diz e fico paralisada.

Olho para ele, incrédula.

-Fingir um caso com Vincent? Isso é ridículo! Eu... eu não sei se consigo fazer isso.- digo a verdade, como faria isso? E isso tem uma chance de não funcionar e o primo dele se ferrar.

Giovanni a olhou com seriedade.

-Eu entendo que não é fácil, mas é a única maneira de garantir que você tenha uma chance de escapar. Vincent é um milionário influente. Sua declaração pode ser a única coisa que pode salvar você.- diz sério

- mas alguém me viu Giovanni- digo séria - seu primo estaria ....

- não te viu Geórgia  - diz alto e  fixo parada  - viu traços que ligariam a você, que estava hospedada nas proximidade, cagada que nunca imaginei que faria - diz e abaixo a cabeça- mas a merda já foi feita, porém minha família tem um hotel naquela região- diz e presto atenção- podemos falar que você se hospedou ali, mas que estava bem - da um engasgo - no apartamento do meu primo com ele na hora do crime, já que Vincent tem um quarto específico lá dele que nunca é anotado sua presença.

O conflito interno em mim era visível.

Eu estava lutando, relevante para aceitar a ideia, mas a realidade da situação a forçou a reconsiderar, pois o plano seria realmente minha unica opção.

- você tem uma aparência normal, poderia ter outra como você lá, e com meu primo afirmando, a credibilidade do homem que te viu cairá- diz certo.

- Então, o que eu tenho que fazer? - falo me sentando novamente na cama sabendo a merda que criei.

Giovanni sorriu aliviado.

- Primeiro, arrume suas malas. - diz e franzo o cenho.

- mala?.

- sim - diz firme - Vamos para o México - fala e me calo na hora -  Lá você ficará segura até que eu resolva tudo com o FBI. - continua.

-México?-  pergunto, tentando processar a nova informação. -E quanto tempo vou ficar lá?- digo confusa e receosa.

-Até que tudo se resolva,-Giovanni respondeu. -Isso pode levar algum tempo, mas enquanto isso, você precisa seguir o plano e fazer o que eu disser.- Assento, com um misto de aceitação e resignação em meu olhar.

Sabia que não tinha muitas opções e que a ajuda de Giovanni era sua única chance.

- Ok - finalmente disse. -Eu farei o que for preciso - falo.

Giovanni sorriu, um sorriso que misturava alívio e preocupação.

- Ótimo. Agora vá, arrume suas coisas. Temos muito a fazer antes de irmos.

Enquanto ainda absorvo tudo, sinto um beijo paterno encima do topo da minha cabeca e o vejo sair se retirando.

Me levanto para preparar minhas malas, com coisas que vi em sacolas.

Olho em um papel escrito a mão e sinto lagrimas escorrerem.

"Faça tudo que Giovanni lhe disser minha querida, vai dar tudo certo, estamos com vocês, de alguem que também lhe ama, Melissa "

Começo a chorar sentindo um turbilhão de emoções.

Nao imaginava que significava algo a alguém.

Como sempre decepciono todos, nao posso errar agora de novo e estragar a perspectiva de fingir um caso com Vincent e a mudança para o México, isso ia ser desafiador, mas eu tinha que fazer tudo certo, para ter mais uma chance.

O HERDEIRO - 2° Geração ( HERDEIROS FONTANA) - Livro 4Onde histórias criam vida. Descubra agora