MATTEO RUSSO
_Senhor, a senhorita Duarte já está a caminho. No entanto, devo informar que causou um grande alvoroço na cafeteria e não veio por vontade própria.
Mantenho o telefone preso ao ouvido, o olhar fixo na janela do meu escritório, observando a cidade que se estende além. O silêncio que se segue é pesado, enquanto absorvo a notícia com uma frieza calculada.
_Entendo — digo, a voz controlada e sem emoção. — Garanta que ela seja trazida até aqui sem mais incidentes. Quero que tudo corra conforme o planejado. A última coisa que preciso é de mais problemas.
A comunicação é interrompida e o silêncio da sala é interrompido apenas pelo som do vento que passa pelas frestas da janela. Meus pensamentos são dominados pela imagem de Helena, sua resistência e a agitação que causou.
A situação está se tornando mais complexa do que eu havia previsto, mas isso só intensifica meu desejo de controlá-la. Eu a quero completamente submissa, a vontade dela moldada pela minha.Vejo a sombra da noite começar a se formar sobre a cidade e me dou conta de que, a partir de agora, nada mais será deixado ao acaso. Cada detalhe será meticulosamente planejado para garantir que ela se encaixe perfeitamente no que eu desejo.
No fundo, o desejo de domínio sobre ela é tão forte quanto a necessidade de ordem em minha própria vida. Helena Duarte pode ter causado um tumulto, mas agora, ela está a caminho de enfrentar uma nova realidade — uma onde a liberdade dela será uma lembrança distante.
O tempo parece se arrastar enquanto aguardo a chegada dela. Eu me levanto e começo a caminhar pelo escritório, verificando os detalhes finais na disposição dos móveis e no ambiente. Cada elemento deve transmitir a autoridade que eu exercerei sobre ela. A atmosfera deve ser intimidadora, mas controlada, um reflexo exato do poder que tenho.
Finalmente, a porta do escritório se abre e dois homens entram, trazendo Helena com eles. Ela está visivelmente abalada, os olhos vermelhos e o corpo tremendo. Sua presença no meu escritório, no entanto, é quase um espetáculo que reafirma minha dominância.
Eu a observo com um olhar que mistura curiosidade e determinação. A resistência que ela mostrou quando a trouxe aqui agora está misturada com medo, e isso é exatamente o que eu esperava.
_Senhorita Duarte — começo, minha voz firme e controlada. — Como pode ver, sua resistência não foi muito eficaz. Agora, estamos em um lugar onde você deve aprender a aceitar a realidade de sua situação.
Ela ergue o olhar, os olhos cheios de lágrimas, e tenta manter a compostura, mas sua voz trai sua angústia.
_Quem é você e por que me trouxe aqui? O que quer de mim? — sua pergunta é entrecortada pelo choro que lentamente desliza pelo seu rosto.
Eu me aproximo dela, o olhar fixo e imperturbável, e respondo com uma calma gelada.
_Meu nome é Matteo Russo. E você, pequena feiticeira, está aqui porque agora pertence a mim. Eu a quero para mim e somente para mim.
Ela tenta processar as palavras, o choque e o medo se misturando em seus olhos. Seu corpo treme de maneira quase imperceptível, mas a resistência é visível em sua postura tensa.
_Não precisa entender tudo imediatamente — continuo, a voz inflexível. — O que você precisa entender é que, agora, suas opções se resumem a aceitar sua nova realidade ou enfrentar as consequências de sua recusa.
Dou um passo em direção a ela, o poder e a autoridade que emito sendo palpáveis. O ambiente ao redor parece se fechar ainda mais, tornando a atmosfera opressiva.
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Sussurros na escuridão
RomanceHelena Duarte tinha apenas dezessete anos quando sua vida mudou drasticamente. Ela acreditava que havia escapado de uma realidade cruel ao deixar para trás um passado marcado por abusos. No entanto, ao cair nas mãos de Matteo Russo, um homem poderos...