Capítulo XI

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MATTEO RUSSO

Eu a observava de perto, cada movimento controlado, cada respiração pesada enquanto pairava sobre Helena. Ela parecia um passarinho preso, seus olhos cheios de medo e submissão, mas havia algo a mais — uma falta de reação que me incomodava profundamente. Eu a queria rendida, sim, mas também queria que ela entendesse o prazer que poderia vir com isso. Ela ainda não havia compreendido o que significava ser minha.

_Isso pode ser bom para você, pequena feiticeira, se não resistir — sussurrei em seu ouvido, minha voz baixa e carregada de intensidade. — Vai acontecer de qualquer maneira, você querendo ou não.

Ela não disse nada. Seus olhos estavam fixos em algum ponto distante, e seu corpo parecia ter desistido de lutar. Havia uma resignação ali que, em vez de me satisfazer, começou a alimentar uma raiva crescente dentro de mim. Eu esperava uma reação — qualquer coisa. Mas Helena estava tão imóvel, tão apática, que sua falta de emoção me deixou furioso.

O ato em si deveria ser um lembrete de quem estava no controle, uma reafirmação de minha posse sobre ela. No entanto, cada segundo que passava com ela deitada ali, sem expressar nada, só alimentava meu descontentamento. Eu queria ver nela a mistura de medo e desejo, queria que entendesse que o prazer e a dor estavam nas minhas mãos, que tudo o que ela sentisse dependia de mim.

Mas Helena não deu a mínima resposta. Mesmo quando eu intensifiquei meus movimentos, mesmo quando puxei seu cabelo e a obriguei a olhar para mim, ela continuou tão inexpressiva quanto antes. Não havia lágrimas, não havia súplica — apenas um vazio que me enfureceu ainda mais.

_Mostre alguma coisa — rosnei, a raiva crescendo. — Você deveria entender agora que não tem escolha. Por que ainda resiste desse jeito?

Ela permaneceu imóvel, os olhos fixos em um ponto qualquer, como se estivesse fora de si, longe do que estava acontecendo. Aquilo foi a gota d'água.

A raiva explodiu dentro de mim. Dei um golpe rápido em sua coxa, o impacto ressoando no quarto silencioso. Quando ela ainda assim não reagiu, dei outro, dessa vez mais forte, em seu ombro. Finalmente, uma expressão de dor atravessou seu rosto, mas não do jeito que eu queria. Não havia medo, não havia rendição — apenas aquela frieza apática que continuava me desafiando silenciosamente.

Não pude suportar mais. Sair do quarto era a única opção, antes que fizesse algo de que me arrependesse. Vestindo-me rapidamente, senti a fúria queimando em meu peito.

_Lembre-se, Helena — murmurei, a voz carregada de gelo enquanto me afastava. — Isso vai acontecer de novo, até que você aprenda a reagir como eu quero.

Saí do quarto, batendo a porta atrás de mim, a frustração e a raiva fervendo dentro de mim. Eu tinha perdido o controle naquele momento, e a culpa disso estava inteiramente sobre ela. Ela aprenderia, custasse o que custasse. Eu garantiria isso.

Caminhei pelo corredor em direção ao meu escritório, cada passo ecoando pela mansão silenciosa. Ainda estava envolto nos acontecimentos do quarto, sentindo a tensão em meus músculos, a raiva fervendo sob a superfície da minha pele. Helena... ela estava começando a me testar de maneiras que eu não esperava. Sua frieza, sua falta de reação, como se estivesse se fechando para mim, era inaceitável.

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