Capítulo XII

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MATTEO RUSSO

Acordei naquela manhã com uma sensação de tensão que parecia se enraizar em cada parte do meu ser. O sol filtrava sua luz através das cortinas, mas eu estava longe de estar em um estado de tranquilidade. Desci para o café da manhã, esperando encontrar Helena na mesa, como havia ordenado no dia anterior. No entanto, a cadeira dela estava vazia. Uma onda de frustração me tomou, mas eu não a chamei. Não ainda. Ela terá o que merece mais tarde. Hoje, eu tinha outros assuntos para resolver.

Saí para a minha empresa de fachada, onde passei a manhã resolvendo questões que pareciam não ter fim. Era um jogo de aparência e manipulação, sempre controlando cada detalhe para manter as aparências e ocultar os verdadeiros interesses. No entanto, a irritação que sentia estava longe de se dissipar.

As coisas tomaram um rumo ainda pior quando meu progenitor ligou. Seu tom era descaradamente desrespeitoso, como de costume, e o motivo da ligação era ainda mais repugnante. Ele mencionou que estava a caminho de uma visita e, em seguida, teve a audácia de perguntar como estava a "filha gostosa" – Giovanna. A mesma Giovanna que eu já havia tentado proteger de suas garras, uma tentativa que não foi em vão, mas que ainda me deixava com um gosto amargo na boca.

A relação com o homem que contribuiu para que eu viesse ao mundo sempre foi um campo minado. Ele era um homem sem escrúpulos, cuja influência na máfia me obrigou a manter a cabeça baixa, pelo menos por enquanto. Não o matei quando tive a chance, pois sabia que isso poderia desencadear uma guerra devastadora. Mas o tempo de justiça se aproximava. Eu não o esqueceria e, um dia, ele pagaria por tudo o que fez.

Ainda possuía muitas pendências para resolver antes de poder lidar com ele. E, por ora, Helena aguardava sua vez. A noite prometia ser tensa, e eu mal podia esperar para que ela começasse.

A tarde se arrastava interminavelmente, assim como os problemas que eu tinha que resolver. No entanto, com a chegada da noite, uma satisfação intensa me dominou ao imaginar o que estava por vir.

Peguei o telefone e liguei para a mansão. A empregada que atendeu parecia apreensiva, como se sentisse a tensão em minha voz.

_Vá até o quarto de Helena, encontre o menor vestido vermelho que ela tem e peça para que o use sem nenhuma peça por baixo. Diga a ela que foi uma ordem minha. Além disso, não deixe o motorista esperando por muito tempo; ele a levará para o galpão assim que ela estiver pronta.

A empregada, visivelmente nervosa, confirmou rapidamente e me garantiu que faria exatamente como eu mandei. Desliguei o telefone sem hesitação.

A sensação de controle que essa situação me proporcionava era um pequeno alívio para a raiva que sentia. Havia algo de satisfatório em saber que, mesmo com todas as questões que me afligiam, Helena receberia exatamente o tratamento que merecia.

O cenário estava montado para que Helena experimentasse um pouco mais do meu domínio. O galpão, onde sua mãe e padrasto abusador estavam sendo mantidos, estava preparado para essa noite. Eu queria que ela visse a miséria em que eles estavam mergulhados, uma retribuição que só tornaria a situação mais torturante para ela.

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