Capítulo XVIII

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Oi, gente, tudo bem com vocês? Voltei depois de quase uma semana! Estava esperando vocês alcançarem a meta que estipulei, mas agora estou de volta! E, como sou uma pessoa generosa, liberei dois capítulos seguidos para vocês. 😏 Agora, quero ver muitos votos e comentários, hein? Quem sabe eu fico super feliz e acabo liberando outro capítulo bem rapidinho. Vamos lá, me recompensem!

⚠️Me senti na obrigação de dizer que esse capítulo está bem pesado. Não leia se for sensível.

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HELENA DUARTE

O último mês foi um turbilhão, uma mistura constante de tensão e controle, especialmente vindo de Matteo. A cada dia, o ambiente na mansão parecia mais pesado, sufocante. Podia sentir a tensão emanando dele sempre que estava por perto, e era como se ela tomasse conta de tudo ao nosso redor. Matteo estava mais distante, mais frio, mas ao mesmo tempo, parecia precisar constantemente de uma válvula de escape. E, infelizmente, essa válvula era eu.

Ele descontava todas as frustrações no sexo, e o fazia com uma frequência avassaladora. Não importava o lugar — fosse no quarto, no escritório, na biblioteca e até na cozinha. Sempre que estava em casa, era como se ele precisasse se reafirmar, controlar cada parte de mim, como se o ato fosse um lembrete constante de quem tinha o poder. Não havia gentileza, apenas necessidade. Uma necessidade bruta que me consumia. Ele me tomava a qualquer hora, sem aviso, sem se importar com meu cansaço ou com meus sentimentos.

No começo, eu apenas suportava, como tinha aprendido a fazer. Era o que ele esperava de mim, e eu não tinha escolha. Mas com o passar dos dias, comecei a perceber que o comportamento de Matteo tinha mudado. A cada vez que ele me levava, havia uma intensidade diferente, quase como se estivesse tentando fugir de algo. Seu toque era urgente, suas ações desesperadas, e eu sabia que havia algo mais por trás daquilo, algo que ele não me contaria.

E então, veio a notícia do ritual.

Quando Matteo mencionou pela primeira vez, eu não sabia o que pensar. Apenas o som da palavra "ritual" já era o suficiente para me deixar em pânico. Não sabia o que aconteceria, o que esperavam de mim, mas podia imaginar que seria doloroso, humilhante. Como tudo o que vivenciei até agora.
E agora, sabendo que amanhã seria o dia, o medo tomou conta de mim de uma maneira que eu não conseguia controlar. Passar por essa "iniciação" era obrigatório para me tornar a esposa de Matteo, isso eu entendia. Mas o que me aterrorizava era a ideia de que, depois de tudo o que já havia passado, algo ainda mais brutal me aguardava. O controle absoluto de Matteo sobre mim já me destruía pouco a pouco, mas o ritual... o que quer que fosse, seria a ruína final.

A noite anterior ao ritual foi a pior de todas. Matteo estava mais tenso do que nunca, e eu podia ver que seus pensamentos estavam a mil, provavelmente focados na máfia e nas ameaças que ele estava lidando. Sabia sobre a situação com a máfia rival. E sabia que só piorava. E ele estava à beira de uma guerra. E eu, sem poder fazer nada, era considerada apenas mais um peso para ele. Mais um problema que ele precisava "lidar".

Ele não demonstrava remorso ou piedade, mesmo sabendo que o que estava por vir poderia me quebrar por completo. Matteo sempre foi claro sobre o que esperava de mim: obediência absoluta, submissão completa. E amanhã, eu teria que provar que sou digna disso aos olhos da máfia também.
Minha mente estava em constante tormento. Como poderia me preparar para o que estava por vir? Como sobreviveria a mais uma prova de força, quando já me sentia tão frágil, tão destruída por dentro? O medo me dominava, mas eu sabia que não tinha escolha.

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