Capítulo XVI

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HELENA DUARTE

Acordei naquela manhã com um leve som de água corrente vindo do banheiro. Era uma manhã fria e cinzenta, e a luz do dia entrava pelas frestas da cortina, criando sombras suaves no quarto. Meu corpo ainda estava pesando com a exaustão emocional da noite anterior, mas a consciência da minha situação e dos meus deveres me empurrou para fora da cama.

Levantando-me com a mesma precisão meticulosa que havia aprendido, tratei de me vestir rapidamente em um vestido simples e discreto. A sensação de meu corpo se movendo automaticamente, seguindo um ritmo bem ensaiado, já havia se tornado uma segunda natureza para mim. Eu sabia que tinha uma obrigação a cumprir e não podia me dar ao luxo de falhar, especialmente agora.

Dirigi-me ao banheiro com passos silenciosos, tentando não fazer barulho para não perturbar Matteo, que eu sabia estar lá. A porta estava entreaberta, e eu pude ver sua figura, já em movimento, preparando-se para o dia. Ele estava envolvido em seus próprios preparativos, focado e absorto nas suas tarefas matinais.

Ao entrar no banheiro, mantive minha postura submissa, a cabeça baixa, como ele havia me ensinado. A rotina que ele estabeleceu para mim era uma constante lembrança da minha posição e das minhas responsabilidades. Meu papel agora era servir, e eu estava determinada a cumprir isso da melhor forma possível.

_Bom dia, Matteo — disse, com a voz baixa e respeitosa, sem ousar olhá-lo diretamente.

_Venha aqui — ordenou, o tom firme e inquestionável.

Segui suas instruções imediatamente, aproximando-me com passos calculados. Ele já havia ajustado a temperatura da água e agora aguardava que eu começasse a ajudar da maneira que ele havia estipulado. 

_Lave-me — disse ele, com um tom que deixava claro que não havia espaço para discussão. — Faça isso com cuidado.

Peguei o sabão e comecei a aplicar sobre suas costas, movendo minhas mãos com precisão. A água quente escorria, misturando-se com o sabão enquanto eu me concentrava em cada movimento. Minha respiração era controlada, e eu procurava seguir a ordem com a exata forma e respeito que ele esperava.

A sensação do corpo de Matteo sob minhas mãos era um lembrete constante da dinâmica de poder entre nós. Eu era uma parte essencial do seu dia, um papel que desempenhava com uma determinação silenciosa. Cada gesto de minha parte tinha um propósito, e eu estava ciente de que qualquer erro poderia ser punido.

Enquanto eu lavava, tentava manter minha mente focada apenas na tarefa em questão, sem deixar que minhas emoções interferissem. Havia um ritmo quase meditativo na rotina, e eu procurava me concentrar em atender às suas expectativas, sem me desviar das minhas responsabilidades.

Quando ele terminou o banho, peguei a toalha e a passei para ele, ajudando-o a se secar com a precisão que ele esperava. Havia uma sensação de formalidade no processo, e eu sabia que qualquer erro poderia resultar em uma repreensão. Eu estava determinada a garantir que tudo fosse feito exatamente como ele queria, sem falhas.

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