Capítulo VII

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HELENA DUARTE

Quando ouvi a voz de Giovanna ecoar pelo banheiro, meu corpo congelou. A surpresa foi imediata ao vê-la ali, a mulher que eu havia conhecido na cafeteria onde trabalhava. Não fazia sentido ela estar na casa de Matteo, a menos que... E então, tudo ficou claro. Matteo a tinha visto comigo na cafeteria.

Minha mente jovem e ingênua começou a correr em círculos. A raiva começou a borbulhar dentro de mim. Por que ela estava aqui? Por que estava envolvida nisso? Parte de mim queria acreditar que Giovanna era uma vítima, assim como eu, mas a outra parte, aquela parte imatura e ferida, não conseguia afastar a ideia de que ela estava de alguma forma ligada a Matteo.

_O que está acontecendo aqui? — A voz de Giovanna soou novamente quando não respondi sua pergunta.

Eu a olhei, tentando encontrar respostas em seu rosto, mas tudo o que vi foi preocupação. Essa preocupação, no entanto, só serviu para alimentar ainda mais a minha desconfiança. Ela parecia tão fora de lugar, mas ao mesmo tempo, tudo fazia sentido.

_Hey, você está me ouvindo? — insistiu Giovanna, dando um passo em minha direção.

Eu recuei instintivamente, sem conseguir controlar a mistura de emoções que pulsavam dentro de mim. Meu corpo tremia, e a raiva, o medo, a confusão, tudo se misturava em um turbilhão que me deixava sem chão. A proximidade de Giovanna, antes reconfortante, agora me fazia sentir ainda mais vulnerável.

_Você sabia. _ Minha voz saiu baixa, quase um sussurro, carregada de amargura e dor

_O quê? _ Giovanna franziu a testa, a confusão evidente em seus olhos.

O ressentimento que eu sentia explodiu, e as palavras jorraram de mim, carregadas de mágoa.

_Você sabia das intenções dele e foi até a cafeteria só para se aproximar de mim. Mas para quê? Só para me ver sofrer? O que você vai ganhar com isso?

As lágrimas escorriam livremente pelo meu rosto, e eu mal conseguia conter a dor que crescia dentro de mim. Tudo parecia uma armadilha, e a ideia de que ela pudesse estar envolvida nesse pesadelo me dilacerava.

Giovanna balançou a cabeça, seus olhos suplicantes.

_Não, eu juro, eu só soube que ele queria você quando cheguei aqui. Naquele dia na cafeteria, eu tinha fugido para respirar um pouco, mas ele descobriu e colocou alguns homens para me vigiar. Eles tiraram fotos minhas, e foi em uma dessas fotos que ele te viu.

_De qualquer maneira, você foi a culpada. Se você não tivesse fugido, ele nem saberia de mim. _ Minha mente, ainda inundada pela raiva e pela confusão, agarrou-se à acusação.

Giovanna mordeu o lábio, os olhos dela escurecendo com uma dor que parecia espelhar a minha. Lentamente, ela ergueu a blusa, revelando marcas arroxeadas que cobriam sua pele, idênticas às que marcavam meu corpo. Fiquei horrorizada, o ar escapando dos meus pulmões enquanto assimilava o que via.

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