Capítulo XXI

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MATTEO RUSSO

A raiva ainda pulsava nas minhas veias, queimando como fogo inextinguível. Eu não tinha conseguido dormir na noite anterior, meu corpo vibrando com o ódio e a frustração de ter perdido Helena e Giovanna para Luca Morozov. Aquela maldita serpente, que ousou tocar na minha pequena feiticeira e levar minha irmã. Tudo isso era um golpe direto em mim, um desafio que eu não podia ignorar.

Elas ainda estavam com ele. No território dele. Presas, mas... seguras? Essa era a pergunta que não saía da minha mente. Luca podia ser muitas coisas, mas ele não era estúpido. Ele sabia que, se fizesse mal a elas, ele assinaria a própria sentença de morte. Mesmo assim, o pensamento de Helena — minha Helena — sob o mesmo teto que aquele miserável me deixava à beira da loucura.

Giovanna, minha irmã, ele a roubou também. Mas era Helena que dominava meus pensamentos, minha razão. Minha feiticeira. Ela me hipnotizou desde o momento em que a vi. Eu havia feito de tudo para que ela pudesse ser minha. E agora, Luca ousava se colocar entre nós.

Eu sabia que ela ainda resistia a mim. Sempre o fez, com aquele seu jeito de nunca se render que tanto me atraía. Mas isso não importava. Ela pertencia a mim, e eu a teria de volta, não importa o custo. O tempo ao lado de Luca poderia fazer com que ela se rebelasse ainda mais contra mim, poderia enchê-la de falsas esperanças. Eu não podia permitir isso.

_Senhor? — uma voz me tirou dos meus pensamentos.

Um dos meus homens apareceu na porta, hesitante. Ele sabia o humor em que eu estava, e ninguém queria ser o alvo da minha fúria.

_O que foi? — rosnei, levantando-me da poltrona e indo até ele com passos pesados.

_Senhor, temos informações novas — disse o soldado, mantendo a cabeça baixa, consciente da minha raiva.

Eu estreitei os olhos. Meu corpo todo estava tenso, a expectativa de notícias sobre Helena e Giovanna era a única coisa que me impedia de morrer de fúria.

_Fale logo — ordenei, impaciente.

_Morozov... Ele não está mais em solo russo. Recebemos confirmações de que ele saiu do país e está na Itália. Ele levou as duas, a senhorita Helena e sua irmã, com ele.

Por um momento, fiquei imóvel. As palavras ecoaram na minha cabeça. Luca as havia levado para longe, para a Itália, longe do meu alcance imediato. Minha mandíbula se contraiu, e senti o gosto amargo da frustração subindo para minha garganta. Morozov estava se movendo mais rápido do que eu imaginava. Ele estava tentando me manter à distância, isolando Helena e Giovanna em um lugar onde ele sabia que eu não poderia alcançá-las tão facilmente.

_Ele acha que na Itália pode protegê-las de mim? — murmurei, mais para mim mesmo do que para o soldado.

O soldado hesitou por um momento, claramente receoso de continuar com as notícias que trazia. Eu o encarei, impaciente.

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