O sol iluminava intensamente o centro de treinamento, e Gabi Guimarães estava no auge de sua forma. Cada movimento era preciso, cada salto calculado, e cada golpe carregava o peso das expectativas que o mundo depositava sobre ela. Ela sabia que as Olimpíadas estavam a apenas alguns meses de distância e que cada treino a aproximava desse objetivo.O técnico observava atentamente enquanto a bola voava de um lado para o outro na quadra. “Gabi, mantenha o foco! O bloqueio precisa ser mais rápido!” ele gritava, incansável em sua busca pela perfeição.
“Estou nisso, professor!” Gabi respondeu, o suor escorrendo pela testa. Ela sabia que ele estava certo, mas a exaustão começava a se instalar. Ainda assim, ela não podia permitir que o cansaço tomasse conta.
Em um movimento rápido, a bola foi lançada para o lado da Gabi, e ela se preparou para bloquear. Mas, no momento em que se impulsionou para o salto, algo deu errado. Seu pé direito pisou em falso, e, antes que pudesse reagir, sentiu um estalo em seu joelho. A dor foi imediata e intensa.
Gabi caiu na quadra, segurando a perna. “Ah... não...” ela murmurou, sentindo a dor irradiar pela perna inteira. As jogadoras ao redor congelaram por um momento antes de correrem até ela.
“Gabi! Você está bem?” perguntou uma das colegas, ajoelhando-se ao lado dela.
Gabi tentou esconder o pânico em sua voz. “Eu... eu não sei... meu joelho...”
O técnico estava ao lado dela em segundos, sua voz firme, mas preocupada. “Não tente se mover, vamos chamar uma ambulância.”
Enquanto esperava, Gabi olhou para o teto do ginásio, tentando processar o que havia acontecido. “As Olimpíadas... eu não posso perder isso,” ela sussurrou, quase para si mesma.
No hospital, a espera pelos resultados dos exames era angustiante. Gabi estava sentada em uma cadeira de rodas, com o joelho enfaixado, e sua mente girava em torno das piores possibilidades. Finalmente, a porta do consultório se abriu, e uma mulher entrou. Ela tinha um semblante calmo e confiante, que imediatamente chamou a atenção de Gabi.
“Gabi Guimarães?” a médica perguntou com um leve sorriso, estendendo a mão. “Eu sou a Dra. Sn, vou cuidar de você.”
Gabi apertou a mão da médica, tentando esconder o nervosismo. “Obrigada, doutora... como está meu joelho?”
Sn sentou-se em frente a ela, colocando uma pilha de exames sobre a mesa. “Eu já revisei seus exames, e há uma lesão no seu ligamento cruzado anterior. É uma lesão séria, mas com o tratamento adequado, há uma boa chance de recuperação total.”
O coração de Gabi acelerou. “E as Olimpíadas? Eu ainda posso competir?”
Sn manteve o olhar firme. “Com a cirurgia e uma reabilitação intensiva, sim. Mas será uma corrida contra o tempo. Vamos precisar trabalhar muito duro.”
Gabi respirou fundo, a determinação voltando a seus olhos. “Eu estou pronta para fazer o que for preciso. Não vou desistir.”
A médica sorriu, admirada pela força de vontade de Gabi. “Então, vamos começar a trabalhar imediatamente. Eu vou estar ao seu lado em cada passo.”
Gabi sentiu uma onda de alívio misturada com apreensão. “Obrigada, doutora... eu confio em você.”
Sn colocou uma mão gentilmente sobre o ombro de Gabi. “E eu acredito em você. Vamos conseguir.”
Enquanto saía do consultório, Gabi ainda estava processando tudo. Mas havia algo na Dra. Sn que a fazia acreditar que, independentemente de quão difícil fosse o caminho, elas encontrariam uma maneira de vencer.
A jornada pela recuperação estava apenas começando, e Gabi sabia que, com a Dra. Sn ao seu lado, ela não estava sozinha. Mas mal sabia ela que essa jornada as levaria a desafios que iam muito além da quadra de vôlei.
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Cᴏʀᴀçãᴏ ᴇᴍ ᴊᴏɢᴏ
Roman d'amourGabi Guimarães, uma das maiores promessas do vôlei brasileiro, enfrenta o maior desafio de sua carreira ao sofrer uma lesão que ameaça sua participação nas Olimpíadas. Determinada a voltar às quadras, ela busca a ajuda de Sn, uma renomada médica esp...