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Billie:

Só se ouvia o canto dos pássaros agora, Sn saiu de casa comigo à noite e logo após de cantar, dormiu sentada com a cabeça apoiada nas pernas. Eu também já havia terminado de cortar as lenhas e o olhar a posição da lua agora, deve ser umas 2 horas da madrugada.

Vou deixar a Sn em casa e depois eu volto para buscar a lenha, talvez a neve só caía após 8 horas da manhã. Está bem frio, o calor de minha boca saía fumaça, mas eu suava por conta do trabalho que eu fiz.

Olhei para Sn ainda dormindo, seu corpo pequeno e sua pele branca e o seu cabelo castanho-claro. A mesma estava toda corberta por roupas de frio e então um sorriso de ladino surgiu em meus lábios.

Essa menina veio até aqui só para me fazer companhia, mas acabou dormindo após cantar uma música que eu não conhecia, mas em sua voz se tornou divina. Não entendo o motivo, a voz da Sn é algo leve e suave... não é irritante, nem estridente.

Por conta da minha falta de sono, eu deveria estar irritada com qualquer coisa que ela falasse, mas não... eu não me irrito, e sim me acalmo. Deixo o machado ao lado da madeira que eu havia cortado e vou até a Sn.

Me agacho à altura da garota, vendo o seu rosto virado para o lado esquerdo. Sua respiração estava calma, não quero acordá-la. A pego com cuidado em meu colo, deixando-a no estilo noiva e a mesma murmura e eu pensei que tinha à acordado. No entanto, ela apenas se virou mais para o meu peito segurando a minha regata para ficar mais confortável.

Olhei para as suas mãos e o seu rosto sem fazer qualquer expressão, a sua boca... é tão vermelha, mesmo nesse frio.

- Não, não vou fazer isso - Por um momento pensei em beijá-la, mas não quero desrespeitá-la. Sn não é como as putas que eu já comi na rua, que dão para qualquer um por diversão, acho que até seria possível ela ser virgem, então é melhor não fazer isso.

Começo a andar em direção a nossa casa, olhando apenas para frente e não para ela, se não vou me perder na tentação.

O diabo não é mais forte que eu.

Sn:

Acordo no mesmo lugar, na cama onde pertence a dona dessa casa... Espera? Por que eu estou aqui? E cadê ela?

Levanto em um pulo só, corro para o banheiro para fazer higienes básicas e depois saiu correndo do quarto. Desço as escadas quase como um jato, essa é a minha chance de fazer algo bom para ela. Caço a cozinha naquela casa, porque nunca me foi apresentada, até que eu a acho.

Era um lugar bem vintage como toda a casa, a madeira era escura no chão e nas paredes e teto eram claras. A pia imitava os tijolos, junto com o balcão que ficava junto à pia. Os armários eram colados na parede e havia uma grande mesa com cadeiras estolfadas. Por que essa mesa, sendo que ela mora sozinha?

Não sei onde a Billie está neste momento, mas eu que não vou ser um estorvo na vida dela. Na verdade, eu acho que dormir depois que cantei a música e ela me trouxe para casa e voltou para a floresta.

- Sn, você não presta nem para fazer companhia menina! - Eu própria me repreendo.

Pego um banquinho que estava perto e coloco em frente aos armários, era muito alto. Vejo a dispensa e meu Deus, a Billie não tava brincando em relação a comida. Aqui tinha, pão, geleia, macarrão, doce de leite, café e leite. Vamos morrer de fome.

Pego o café, o leite, o doce de leite, o pão e a geleia. Desço do banquinho colocando as coisas que eu peguei em cima do balcão. Abro a embalagem do pão e depois a do doce de leite e geleia.

...

Pronto! Está tudo pronto! Só falta ela chegar em casa. Vou até a sala de estar e me sento no sofá que ficava em frente à uma grande tv. Pego o controle remoto e aperto o botão vermelho, o que fez a televisão ligar, mostrando vários tipos de canais como sua tela inicial.

Clico em desenhos, especificamente "Tom e Jerry" e começo a assistir, mas sem prestar tanta atenção, pois eu não parava de morder a minha unha preocupada com Billie.

Sinto o cheiro da Billie na blusa que estou vestindo (a blusa é dela), o seu cheiro é algo viciante e amargo. Não é perfume masculino, mas tão pouco parece ser feminino. Só sei que é um cheiro forte, dominante, protetor e possessivo.

Eu não conheço a Billie de verdade, nunca perguntei a sua idade, se tem família aqui em Los Angeles, o motivo de ter se tornado assassina... e isso me faz ter mais medo dela, de não saber nada, apenas o seu nome. Billie Eilish Pirate Baird O'Connel.

O'Connel foi o nome que ela se apresentou para mim naquele dia no parque. Irei fazer essas perguntas, mas obviamente não será tudo de uma vez.

Ouço o barulho da porta da frente ser destrancada e Billie aparecer abrindo-a com muitas sacolas em suas mãos.

- Então você já acordou - Um sorriso genuíno surgiu em meus lábios e eu imediatamente fui até ela.

- Eu preparei o café para você - A vejo ficar um pouco surpresa e deixar as sacolas no chão.

- Obrigado, eu realmente estou com fome - Ela botou a mão na minha cabeça e desceu para o meu queixo, fazendo um carinho ali. As mãos da Billie são calejadas, isso é de partir o coração.

- Sente-se no sofá, vou trazer a comida e colocar as sacolas lá na cozinha - Ela tirou seu casaco de frio, sentou-se no sofá de forma espaçosamente, eu nem quero saber o quanto ela deve estar cansada nesse momento.

Pessoas quando estão cansadas, se irritam muito fácil e eu mesma que não quero irritar essa musculosa, de jeito de nenhum. Pego algumas das sacolas e corro para a cozinha.

Billie:

Me surpreendeu o fato da Sn, ter feito a comida para mim. Talvez ela esteja se sentindo um peso e quer me ajudar em qualquer coisa, eu também me sentiria assim. Pego o meu vício rotinal do bolso e o acendo com o isqueiro que também estava em meu bolso.

Jogo a minha cabeça para trás e puxo a fumaça do cigarro para os meus pulmões e logo a solto pelo o meu nariz. Não demora muito para que o meu cansaço invadisse o meu corpo completamente, meus olhos estavam extremamente pesados e não tenho mais força para negar o sono.

Espero que Sn não fique chateada.

Sn:

Volto para a sala vendo que Billie estava dormindo com a cabeça tombada para trás, solto um breve riso, então me aproximo tirando o cigarro aceso da mão dela. Corro até o andar de cima, pego um lençol bem fofinho e volto para a sala, colocando-o em cima do seu corpo. A Billie sempre me leva para o quarto, mas eu não tenho forças para levar ela.

A comida que eu havia feito, deixei na mesa de centro, após embrulhá-la bem, peguei a comida novamente e me sentei ao seu lado, bem pertinho. Deixei a tv no modo mínimo para que ela não acordasse de jeito nenhum.

Começo a comer o pão com geleia, vendo o desenho. Encostei minha cabeça no braço da Billie e também não demorou muito para que dormisse também.

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De manhã e as bichas dormindo 💀

Não revisado.

A Ideologia Imperfeita //Billie Eilsih (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora