*008*

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Billie:

No dia seguinte...

Garota insuportável, tive que fazê-la desmaiar para ver se essa menina se acalmava. Levei um tiro no lugar dela e essa maluca me devolve o favor assim?

Fico observando a menina em cima da minha cama dormindo serenamente enquanto enfaixo o meu braço que foi baleado, eu equilibrava o cigarro em minha boca e logo usei a minha mão esquerda que estava livre de quaisquer machucados e tirei aquele pedaço de papel com substâncias cancerígenas só para apenas soltar a fumaça pelo nariz.

Minha postura estava curvada e os meus cotovelos apoiavam-se em meus joelhos, essa cadeira que estou sentada é bastante desconfortável, preciso comprar outra. Jogo o cigarro no chão e o apago com a sola do meu sapato e presto atenção na garota que começava a acordar.

Havia perdido muito sangue e não comi nada, estou fraca e pálida e tudo isso para salvar essa garota. A menina outrora acordava um pouco zonza e resmungava alguma coisa.

— O~onde eu estou? — Ela pergunta baixo, porém, não respondo. Observo seus movimentos, até que a menina conseguiu acordar de vez em um susto — AAAAAH! — Me levantei rapidamente e tampei a boca da sirene.

— Tá maluca? Não é para gritar! — Digo fazendo contra o meu braço enfaixado na boca dela.

— Q~quem é v~você? — É verdade, eu estou de máscara e provavelmente não vou retirar por causa dela — O que você quer comigo? — Agora ela conseguia falar direito, pois afastei lentamente meu braço de sua boca e voltei a me sentar na cadeira extremamente desconfortável.

— Eu sou sua sequestradora, S/n — Vejo a beldade ficar paralisada por alguns segundos e tentando apenas compreender um pouco a situação.

— Por que me sequestrou? — Ela perguntou ainda sem entender tanto a situação, até porque o seu sequestro foi completamente do nada e não teve algum motivo aparente para isso.

— Não está claro? Dinheiro, eu matei a sua noivinha e agora te sequestrei — Falo terminando de enfaixar o meu braço e começo a olhar frio — Você está valendo uma grana preta, S/n. Teu pai está louco te procurando.

— E onde eu estou agora? — Ela perguntou e eu me levantei da cadeira indo em direção a porta do cômodo.

— Vamos fazer o seguinte, se você não fizer perguntas, eu não te mato — Falo abrindo a porta do quarto.

— E se eu fizer? — Perguntou e então virei-me para ela.

— Eu te mato — Falo voltando para frente e saiu do quarto batendo a porta com força e a trancando com a chave no lado de fora.

A partir de hoje dormirei no sofá da sala já que essa pirralha vai dormir no meu quarto. Desço as escadas escutando o choro alto da garota.

— Argh! Odeio barulhos — Falo com um pouco de raiva, mas deixo passar, pois sei que a garota está sofrendo.

S/n:

Que droga... Eu realmente não acredito que fui sequestrada. Não consigo me lembrar de nada da noite anterior, porém, consigo me lembrar de tiros... muitos tiros. Acho que ela realmente matou Riley, sei que ela foi uma escrota comigo, mas com certeza não merecia esse fim trágico.

Olho o quarto com os olhos marejados percebendo a decoração rústica, é bonito, porém, não é o meu estilo.

— Aaaah! — Choro finalmente percebendo que eu deva estar muito longe de casa, estou com saudades da minha casa e da minha câmera — Mamãe... — Me deito lentamente na cama novamente sentindo um sono avassalador tomar de conta do meu corpo — Eu quero voltar para casa...

Meus olhos se fecham lentamente.

...

Acordo com alguém futucando o meu rosto e me assusto quando vejo aquela máscara preta de novo.

— O que você quer? — Pergunto ríspida tentando a ignorar.

— Come, antes que a comida esfrie — Ela diz em um tom frio e eu a ignoro completamente — COME GAROTA, TÁ QUERENDO MORRER É? — Ela diz com raiva e eu apenas embrulho minha cabeça com o pano da cama.

— Eu não quero comer, me deixa em paz — Falo quase chorando novamente e então sinto a mulher me tirar dos lençóis a força — Me solta, sua psicopata — Falo me rebatendo, mas a mulher me segurava forte no colo e colocou-me na cadeira que antes a mesma estava sentada.

— Olha aqui garota mimada, você vai comer essa comida é hoje e é agora, tá me entendendo? — Ela segurava agora em suas mãos uma sopa com uma cara nada boa e tira uma boa corelhada dela — Abre essa boca, anda.

— Não! — Viro o meu rosto e percebo que a mulher está perdendo a paciência, então com medo de que ela faça algo pior para mim, eu abro a boca e sinto a colher tá a minha guela — Tá maluca? A-ah! A-ah! — Digo tossindo, mas engolindo aquele treco que era ruim em aparência e em gosto também — Isso é horrível! Você não sabe fazer comida não?

— Só cala boca e come — Reviro os olhos pegando a sopa da mão dela para comer de conta própria.

— Deixa que eu como sozinha, nem para isso você está servindo, tá querendo me matar isso sim — Digo e ouço uma risada anasalada vindo dela. Tenho impressão de já ter escutado a voz dela, é algo grave e rouco... é calmo também, sua voz não parecia transparecer suas emoções.

— Você devia agradecer que tem algo para comer — Diz ela acendendo um cigarro andando para o outro lado do cômodo — A fome é algo horrível, então não reclame do pouco que tem — A mesma estava de costas, fico um tanto apreensiva com essas palavras, mas não tento ligar tanto — Deixe o prato na cabeceira quando terminar, venho aqui amanhã novamente — Ela diz se aproximando da porta e saindo, me deixando sozinha novamente.

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Demorei? Tava sem criatividade rsrs.

Não revisado.

A Ideologia Imperfeita //Billie Eilsih (G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora